domingo, 4 de dezembro de 2011

Apelidos, de Veríssimo

Em homenagem ao meu mumu e ao pequeno que vem por aí e já está cheio de apelidos!

Minha tese é a seguinte: o que falta para qualquer relacionamento dar certo é o apelido. O homem e amulher - ou o homem e o homem e a mulher e a mulher, ninguém aqui tem preconceito - devem providenciar apelidos um para o outro assim que o relacionamento der sinais de que vai ser sério. Não valem apelidos já existentes, de infância. Os dois devem se dar apelidos novos, só deles. Pichuchinha. Gongonzongo. Não importa que sejam ridículos.

O apelido é uma forma de você tomar posse de outra pessoa. Dos dois anularem suas identidades anteriores e assumirem outras, só deles. Por isso a troca de apelidos entre namorados deveria ter a solenidade de um batizado, sem padre nem testemunhas. Deveria ser um sacramento secreto, um ritual de apropriação mútua, para toda a vida. Uma união só é indissolúvel com apelidos. O único amor verdadeiro é o amor com apelido.

- Sei não. Romeu e Julieta...
- Não tiveram tempo de ser "Ro" e "Juju".
- O Duque e a Duquesssa de Windsor?
- "Bobsky" e "Bubsky". Li em algum lugar.

O importante é não esperar para se darem apelidos. Achar que com o tempo os apelidos virão. É um erro pensar que uma união feliz produz apelidos carinhosos. É o contrário: apelidos carinhosos produzem uniões felizes.

(...)

A segunda ultra

Na verdade, foi uma ultra meio fake, no consultório da Paula mesmo.
Minha mãe estava lá também e viu e chorou!
Meu bebê dobrou de tamanho em 10 dias! Ele já está com 20mm. Já tem cabeça, bracinhos e quase perninhas! Mal posso esperar pela próxima ultra...

As comidas

A minha obstetra foi minha vizinha, professora particular do meu irmão e o pai dela fez o parto do Matias. Sempre gostei dela, desde a época em que ela era só ginecologista.
E ela também está grávida!
Para completar, ela é super liberal com as comidas! Posso comer tudo, menos carne crua (sushi, carpaccio, rosbife e qualquer outra coisa pingando sangue). Saladas e frutas só precisam ser bem lavadas, como você já costuma fazer em casa.
Como não tenho toxoplasmose, ainda vou comprar aquelas pastilhinhas para completar a lavagem, fora isso, posso comer de tudo, beber de tudo, com consciência e moderação!
Alegria!!!

O Sono

Antes, quando me perguntavam se eu estava sentindo muito sono, eu simplesmente respondia que já durmo bem, como se isso significasse que eu não ia sentir mais sono. Ledo engano...
Agora chegou a hora do novo sintoma, o sono! Ele ataca principalmente a tarde, depois do almoço, e não é aquela batida de cabeça simples, é pesado. Os olhos vão caindo lentamente e a cabeça acompanha. O  mais difícil é fazer o movimento contrário e abrir os olhos e levantar a cabeça. Resumindo: hora do ano terminar, chegar janeiro, bem tranquilo, quase sem trabalho, para eu poder descansar!!!

A primeira ultra

No dia 19 de novembro, conheci meu bebê. Ele ainda media só 10mm e parecia um camarãozinho. Ainda é um feto e não tem muita semelhança com um ser humano. Tudo ainda é muito pequeno e ele ainda está começando a se formar e se diferenciar.
No início, assim que o médico começou a ultra, ele perguntou quantos a gente queria. Mal sabia ele... Arregalei meus olhões e perguntei, super animada: "Dois?". Não, na verdade, eu só consegui estragar a piada dele...
Já tem coraçãozinho batendo, ou melhor, galopando. 150 batimentos por minuto.
Segundo o médico, os enjoos são bons porque é sinal de que o meu corpo está produzindo hormônios para segurar a gravidez. Segundo a Anelise, isso é jogada de médico para a gente não se sentir tão mal por estar passando tão mal.
Tudo estava correndo muito bem, sob controle, até que, no final, o médico pediu para a gente deixar uma mensagem para o bebê. Relutei algumas vezes, mas ele completou: "Você não vai se arrepender."
Gravei! Na verdade, acabei de rever e reouvir a gravação pela primeira vez.
Ficou meio ridículo, com toda a minha relutância gravada, mas foi lindo mesmo! Momento super lagriminha!