Quando eu era adolescente, super fechada e argentina, ela vinha cheia de jeitinho brasileiro me fazer falar, me descobrir, me conhecer e fazer eu me conhecer também. E aprendi muito com tudo isso, com essa maneira carinhosa de se aproximar do outro, do filho. E, mais uma vez, a vejo agir assim com a minha filha. Ela fala com carinho, explica no detalhe, diz para ter paciência, exatamente como fazia comigo.
A medida que a minha filha vai crescendo, fortalecendo a sua personalidade e desenvolvendo cada vez mais a linguagem, acredito (e espero) que isso também vá começar a acontecer com a gente! Às vezes, imagino como vou abordar assuntos delicados com ela, como gostaria que ela conversasse comigo sobre tudo. Aí vejo que estou virando a minha mãe. Que sorte a da Marina!
A Marina continua acordando à noite e vindo para a nossa cama. Até aí, tudo bem, não estou falando sobre isso. A questão é que, uns trinta segundos antes de ela acordar, eu acordo. E quanto eu acordo, já sei que é porque ela vai dar uma choradinha (às vezes nem isso) e aparecer no meu quarto. Já achei que ela poderia ter feito algum barulhinho que me acordou, mas, quando é assim, a gente acaba percebendo. E eu não percebo nenhum ruído, nenhum dia, e acordo um pouquinho antes dela quase todas as vezes em que recebemos visita.
Esse deve ser o início da nossa conexão. Forever!
Nenhum comentário:
Postar um comentário