terça-feira, 16 de outubro de 2012

O drama da maternidade

Até agora, eu me considerava uma mãe sem neuras. Bem, na verdade, ainda me considero... Me surpreendi muito com a mãe em que me tornei, para ser bem sincera. Nunca imaginei que eu fosse ser tão tranquila e easy going como tenho sido. Eu me imaginava cheia de frescuras, nervosa ao ver meu irmão estabanado ou minha avó sem jeito tentando pegar a Marina no colo. Nada disso! É só chegar alguém com cara de pidão que leva logo o bebê pros braços! E eu acho uma delícia, uma delícia dividir ela com todo mundo, deixar todo mundo tirar uma casquinha dessa gostosura. Senão, o paninho de boca caiu no chão? Pega, dá uma sacodidinha e tá pronto para outra, pelo menos até chegar em casa. Por essas e outras, estou realmente surpresa com o meu comportamento materno, sem maiores dramas, até agora. (Até minha mãe falou isso, disse que a maternidade me transformou numa nova mulher. Ela até prometeu escrever um post sobre isso!)

Fora aqueles quinze dias iniciais, que realmente foram muito difíceis (mais do que eu imaginava e gostaria), acho que me saí bem. De novo, até agora.

Agora começou meu verdadeiro drama da maternidade, o primeiro. Eu voltaria a trabalhar agora, no início do mês de novembro, quando a pequena fizesse quatro meses. Então, saímos a cata de uma babá. Contratamos uma menina nova (25 anos), cheia de filhos (quatro!) e já bastante experiente. Tinha trabalhado em várias casas como babá, uma delas por quatro anos. Era ótima com a Marina, só tinha um problema (ok, dois, ok, três). Primeiro: ela era babá de madame. Estava acostumada com outra vida, com motorista levando para o clube, com empregada em casa todos os dias à disposição, com abrir a geladeira e sair pegando de tudo, sem ter que carregar carrinho escada acima... Segundo: ela era muuuuito experiente, daquele tipo que sabe melhor que você, pobre mãe de primeira viagem. Então, embora eu quisesse as coisas do meu jeito, aposto que o dela era melhor, e ela sempre venceria, afinal eu não ia estar em casa para ver mesmo! Terceiro: eu não me sentia a vontade com ela. Como pode eu não me sentir a vontade com a pessoa que vai cuidar da minha filha? Pronto, primeira babá demitida. (Mas não achem que foi fácil assim. Sofri! Mas consegui, graças a uma dica preciosa do maridinho: coloca a culpa em você! Então, é como terminar relacionamento, sabe, do tipo "não é você, sou eu". Foi isso que eu fiz. Coloquei a culpa em mim. Não era ela que chegava atrasada - pois é, esqueci de dizer que ela chegava muito atrasada, todos os dias, e faltava... Três vezes em um mês!!! -, era a minha situação no trabalho que havia mudado e eu precisaria chegar mais cedo. Logo, a combinação que eu tinha feito com ela não valeria mais e eu precisava de alguém que chegasse mais cedo, coisa que ela não conseguia.)

Então, partimos para a segunda tentativa. Dessa vez, uma menina mais nova ainda (18 anos), sem experiência profissional (primeiro emprego), que tinha criado uma irmã e a sobrinha. Podia ser uma boa oportunidade para eu moldá-la bem ao meu jeito. Podia... Mas não foi! Sem implicância (juro), ela era tão burrinha... Burrinha mesmo, do tipo que veste a calça antes do body (juro!). Depois de um momento intenso de reflexão, eu e Dani chegamos à conclusão de que não ia dar certo, não haveria esforço da minha parte que fizesse a menina aprender. Faltava o básico, faltava bom senso. Mais uma que se foi. (Isso porque eu nem mencionei que ela faltou logo no segundo dia, porque foi roubada no dia anterior, quando estava saindo daqui. Disse que ficou muito nervosa e não ia conseguir trabalhar...) Durou três dias, sendo que um foi esse aí da falta.

Depois que essa menina me ligou dizendo que não viria logo no segundo dia, fiquei super angustiada, sentindo um aperto no coração, físico e emocional (doeu de verdade!). Acordei várias vezes durante a noite, sempre pensando nisso. Então, depois de uma conversa séria, decidimos que, antes de sair em busca de mais uma babá, vou visitar algumas creches e entender um pouco do dia a dia, do trato com as crianças menores, ver como é o berçário  enfim, me inteirar. Nem que seja preciso adiar um pouco minha volta ao trabalho. Depois de conhecer um pouco mais, poderemos fazer uma lista de prós e contras de babás ou creche. Então agora é mãos a obra!

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