terça-feira, 10 de setembro de 2013

Vitamina S

Quando nasce um bebê, nasce uma mãe. Quando nasce uma mãe, nasce um ser preocupado e neurótico. É isso??? No meu caso, com muito orgulho, posso dizer que não foi. Nunca achei que fosse ser tão relaxada e easy going com algumas coisas.

Caiu? Levanta. Machucou? Vai passar.
A chupeta caiu no chão? Dá uma lambida que fica nova em folha.

Só que tem que fazer isso meio na dixava, porque, se te virem, vão te olhar torto ou, pior ainda, fazer algum comentário desagradável, que exigirá uma resposta à altura. A ideia não é eliminar 99% das bactérias, e sim tirar o grosso das sujeiras e pelos que podem ter grudado na chupeta. Feio isso, o resto ajuda a construir e fortalecer a imunidade.

Sempre fiz isso sem nenhum embasamento científico, até que, um belo dia, uma amiga me disse que leu que isso passava anticorpos para a criança e blablabla. Nem lembro bem qual era a explicação, mas lembro que era algo positivo. Então, mães desse Brasil, saiam por aí lambendo as chupetas de suas crianças sem medo e sem vergonha!


segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Chupeta: ruim com ela, pior sem ela

Nunca fui muito fã de chupeta. Não tenho referência de ter usado chupeta, odeio criança grande de chupeta e nunca vi muita vantagem na pobrezinha. Mas, quando estava fazendo o enxoval da Marina, comprei umas chupetinhas lindas. Não tinha noção de marca, então comprei a que tinha. Acabou que é uma marca que eu adoro, mas foi pura sorte.

Minha intenção era esperar até ela fazer um mês para, só então, dar a chupeta. Tinha lido em alguns sites que a chupeta pode prejudicar a amamentação e, na tentativa de não atrapalhar esse primeiro momento em que ainda estávamos nos acostumando uma à outra, inventei isso. Mas não deu muito certo.

Lembro de uma noite, a Marina ainda muito pequena, com certeza tinha menos de um mês. Ela acordou chorando no meio da noite. Peguei ela no colo e nos sentamos no sofá, no escuro. Não lembro porque não ofereci o peito, se ela já tinha mamado ou não. Lembro só que ela chorava bastante e, de repente, o Dani levantou, saiu do quarto, me olhou muito sério e disse, em tom de esporro: "por que essa criança tá chorando? Dá uma chupeta para ela!" Ele deu a chupeta e... tcharam! Ela parou de chorar! Eu, na minha santa ignorância, não tinha dado a chupeta simplesmente porque não lembrei, porque não era uma coisa que fazia parte do meu repertório. (Até essa noite.)

Aí, Marina começou a chupar chupeta. E confesso que é um alívio para os pais. E deve ser para a criança também. Se não fosse, ela cuspiria. O que definitivamente não é o caso.

Há um tempinho, comecei a achar que a Marina estava chupetando demais e decidi que era hora de estabelecer limites (na hora de dormir, quando se machucar ou estiver muito chorona e manhosa). Não precisa passar o dia inteiro de chupeta na boca, enquanto está brincando, passeando e sorrindo. Chupeta é para casos especiais e emergenciais. Pena que, até o momento, não consegui implementar essa resolução. Será meu próximo passo.

Antes disso, acabei tomando uma outra medida.

A chupeta da Marina é da MAM. Essa marca tem um modelo de chupeta de 0 a 6 meses e outro de 6 meses em diante. Começamos com o 0 a 6. Quando ela tinha uns 8 meses, comprei a chupeta seguinte. Marina nunca pegou essa outra chupeta direito. Até perguntei ao pediatra da real necessidade de trocar as chupetas e ele me disse que deixasse a nova pendurada, em vez da antiga. Não achei que essa medida fosse dar muito certo, mas teria que tentar. Só que, para isso, eu tinha que comprar todo um arsenal. Não dava para ter uma chupeta só e, se sumisse ou sujasse, pegar a antiga. Se era para mudar, tinha que se despedir da antiga.

E assim fizemos! Sábado, comprei as novas, todas lindas! Domingo, ao sair do berço, a Marina já se despediu de todas as chupetas velhas e deu um olá para as novas. Botou na boca e cuspiu. Na nova tentativa, nem deixou a chupeta entrar na boca. Primeiro passeio de carro, e nada de pegar a chupeta. Chorando e nada de chupeta. E eu dirigindo. Para piorar, quando tentava colocar a chupeta nova na boca, a Marina ficava ainda mais irritada. Pensei em desistir uma, duas, dez vezes. Mas me mantive forte. E dá-lhe biscoito de polvilho!

Conversando com o Dani, ele deu até a ideia de, caso a troca realmente não desse certo, abolir as chupetas de vez. Confesso que gostei da ideia, mas meu maior medo era a noite. Será que ela ia chorar quando achasse aquela chupeta gordinha no berço em vez das antigas? Será que ia parar de chorar quando eu tentasse dar a chupeta nova? Mas, como já é de costume, minha filha não para de me surpreender! Ela dormiu com as chupetas e eu não ouvi um pio a noite toda. Acho que rolou um clima "não tem tu, vai tu mesmo". E a Marina ficou mais amiga das chupetas novas.

Agora, quero só ver se essa amizade vai virar o mesmo amor que ela tinha pelas chupetas antigas e se vou ter que voltar com o plano de limitar o uso da maldita!