terça-feira, 6 de agosto de 2013

Nanou?

Pensei em várias opções de título para esse post. Poderia ser: "a vitória" ou "sem contar vitória antes da hora", "o desafio" ou "o desafio mais molezinha da vida", ou tantos outros...

Mas vamos aos poucos. E senta que lá vem história!

Há uns quatro meses, quando a Marina teve otite, ela teve umas noites bem ruins e, para tentar amenizar, acabamos colocando ela para dormir na nossa cama. Quatro meses se passaram e, sempre que ela acordava no meio da noite, ela vinha para a nossa cama. Isso sem contar nos dias em que ela já dormia conosco.

Além disso, a hora de dormir também não era das mais simples. Eu colocava a Marina deitada na nossa cama com a mamadeira, e deitava do lado dela. Ela terminava de mamar e eu ficava com ela até ela dormir. Às vezes, ela terminava de mamar, virava de lado e dormia. E outras ficava rolando na cama por uma meia hora. Mas eu já contei tudo isso com mais detalhes aqui.

Então, eu já estava bem cansada dessa falta de rotina, de me sujeitar cada dia a uma coisa diferente, a um horário diferente, a dormir levar chute e soco. (Por mais que acordar ao lado dela seja delicioso, tá?!) Então, mesmo morrendo de medo de sentir falta da Marina de manhã, resolvi tomar uma atitude!

Pronto! Podem jogar as pedras que quiserem, falar mal, mas mãe é um bicho estranho, faz coisas que jurava de pé junto que nunca faria. Até aprender que tem que tomar cuidado para não tomar um cuspe na testa, afinal a maternidade é um eterno cuspir para cima (amo isso!). E eu, que já cuspi tanto, tô tomando um monte na testa.

Bem, mas vamos à história que o post já está ficando longo demais.

Ganhei de uma amiga o livro do Nana, nenê. O método não se limita ao famoso "deixar chorar", embora muitos digam isso. Eu diria que é um "deixar chorar" assistido. O bebê vai chorar, sim, e você vai deixar. Mas vai estar constantemente ao lado dele, embora não possa confortá-lo. A ideia é criar uma rotina noturna, da mesma forma que fazemos com as refeições, por exemplo. E, a partir dessa rotina, a criança aprende a dormir sozinha. Dei uma googlada rápida e achei vários blogs comentando sobre o método, todos contra, claro. Pois aqui vai um relato a favor!

Lá em casa, fizemos assim: no primeiro dia, conforme sugerido pelo livro, um pouco antes da hora de dormir, sentei no chão com a Marina para fazermos um desenho. Esse desenho vai ficar do lado do berço dela e ela poderá olhar para ele todas as vezes que acordar durante a noite. Desenhamos uma lua com estrelas, um sol, a mamãe, o papai e a Marina. E simboliza que os pais estão ao lado dela o tempo todo, desde o momento em que a lua aparece no céu até quando nasce o sol! Além disso, também fizemos um móbile (esse, na verdade, eu fiz sozinha, já que usei tesoura e cola quente. Então, guardei os pedacinhos de papel que sobraram e a fita para brincar a Marina). O móbile era um monte de corações, os corações da mamãe e do papai, que acompanham a Marina sempre!


Depois, fomos para o quarto, juntamos todos os brinquedos e sentamos para ela mamar, já no escuro. Quando ela terminou, fomos dar boa noite para o móbile, para o desenho e para os bichinhos que dormem com ela no berço. Feito isso, coloquei a Marina no berço, fiz todo o discurso conforme sugerido pelo Nana, nenê, dei boa noite e saí.

A primeira entrada é apenas 1 minuto depois, então já coloquei o cronometro do celular. Em 30 segundos, ela parou de chorar. Uns segundos depois, chorou por mais uns 15 segundos e parou de novo. Mais uns segundos e deu um gritinho. E pronto. Pronto! Acabou! Ela dormiu! Eu não queria fazer barulho, fiquei no maior silêncio. Não estava acreditando naquilo... Ainda tinha a madruga, que tinha de tudo para ser muito pior. Então, fui dormir cedo para enfrentar o que estava pela frente. Acordei as 5h, meio confusa, dormindo atravessada na cama, achando que eu estava amassando a Marina. Mas era só um travesseiro. Ufa! Ué, mas então onde estava a Marina? No berço! Dormindo! Sem acordar nenhuma vez. Mas ainda era muito cedo para cantar vitória. Voltei a dormir, acordei as 7h, me arrumei toda e, às 7h30, fui ver a pequena, que estava acordadinha no berço. Me viu, abriu um sorriso, levantou e jogou os bracinhos. Morri!

Venci uma batalha, mas a guerra continua.

Ontem foi o segundo dia. Repeti a mesma rotina, acrescentando apenas mais uma coisa: antes de colocar a Marina no berço, nós colocamos uma bonequinha para dormir e cantamos para ela, isso depois da mamadeira. Quando coloquei ela dentro do berço, começou o berreiro. Fiz o discursinho com a minha voz praticamente abafada pelos gritos dela. Saí do quarto, fechei a porta (encostei) e ela parou de chorar. Parou! Confesso que mal podia me aguentar de curiosidade para saber se ela já estava dormindo. Mas me aguentei. E fui dormir.

Durante a noite, acordei duas vezes com uns gemidos. Me preparei para pegar o celular e começar a cronometrar, mas o choro não evoluiu. Parou! Às 6h30, ela deu mais uma reclamada. Eu acordei, me arrumei, me vesti e um pouco antes das 7h entrei no quarto dela. Meu bebê estava deitado, de olho aberto, brincando de trocar chupeta. Botava uma na boca, cuspia e botava outra. Linda! Quando me viu, sorriu, levantou e jogou os bracinhos. Morri ao cubo!

Continuo achando que não pode ser tão fácil, que a guerra ainda não acabou. E vou continuar enfrentando com pulso firme!

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