quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Baba, baby

Sempre ouvi que bebê baba porque está nascendo dente. E sempre ouvi também que dente só começa a nascer a partir dos seis meses. Então, por que o meu bebê está babando tanto?

É muito baba mesmo! Ontem, por exemplo, a roupinha molhou e secou três vezes. E até a minha roupa ficou molhada. Duas vezes!

Já pensei em ligar para a pediatra, mas, sempre que repasso mentalmente a nossa conversa, desisto.
- Oi, doutora. Então, minha filha tá babando muito.
- E quais são os sintomas?
- Que sintomas? Ela tá babando.
- Só babando?
- É, mas tá babando muuuuuito.
- Mas ela não tá doente?
- Não, é só baba.
- Então deve ser dente.
- Mas ela só tem três meses.
- Então talvez não.
- Mas o que é então?
- Ué, é baba.

Alguém me ajuda!!!


O caos no trânsito

Ontem, foi a primeira vez em que sai de carro sozinha com a Marina. No início, tudo muito bem, tudo muito bom, pequenas choramingadas logo resolvidas e cochilos ao balanço das ruas esburadas desse meu Rio de Janeiro. Tudo às mil maravilhas, comprovando a tese de que bebê adora um carro.

Último trecho, Ipanema - Jardim Botânico, trânsito caótico na Lagoa, tentativa de fuga por Ipanema, Leblon e Jardim Botânico. Mais caos! Sozinha no banco de trás, bebê não para de chorar. Começa com um chorinho de leve, meio tímido. A cada parada eu soltava o cinto, me virava para trás, coloca a chupeta na boca, fazia um lerolero e... Ops, o sinal abriu! Enquanto dirigia, conversava, cantava e tentava fazer carinho no bracinho dela. Aí, o chorinho tímido evoluiu para gritos e soluços incessantes. Por quê? Não sei!

Agora, é chegada a hora da confissão. A combinação de trânsito louco e bebê aos berros no carro foi demais para a minha pobre cabecinha. Me irritei! Energicamente, pedi para minha filha (olha o eufemismo!) que ficasse calminha. Expliquei que o trânsito estava muito ruim, que ainda ia demorar um pouco para chegarmos em casa e que, se ela ficasse chorando, só ia ser pior. Mas acho que ela não entendeu. Então, liguei o rádio bem alto. Também não adiantou. Aí, resolvi mudar de estação. Coloquei na Rádio MEC e tive meu momento de epifania.

Entendi que, se ela está chorando, é porque tem alguma coisa incomodando. E muito.

Coloquei o som da Rádio MEC num volume normal, conversei com ela com uma voz calma e amorosa, expliquei que já chegaríamos a um lugar onde eu poderia parar o carro. E assim fiz. Parei o carro, fui até o banco de trás, tirei ela da cadeirinha, aconcheguei bem no colo, voltei para dentro do carro (porque ninguém merece o calor que fez ontem), e ficamos lá, abraçadinhas, quietinhas, aconchegadas, até o choro passar, até ela se acalmar, até parar de soluçar e adormecer.

E, mais uma vez, eu entendi, e não posso esquecer disso nunca mais: "Se ela está chorando, tenho que me colocar no lugar dela para entender o que está incomodando e tentar ajudar. Afinal, ela não está chorando só para me sacanear e me irritar!"

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Duas palavras

Todo pai quer que o filho goste das coisas que ele gosta. Tem pai que coloca o filho para escutar Beatles, tem pai que leva o filho para andar de skate, tem pai que, ainda na maternidade, já enfia roupa de time no pequeno, tem pai que ensina quatro línguas diferentes para a criança. Enfim, tem de um tudo!

Tem pai que quer que o filho desenvolva o prazer pela leitura. Para isso, tem que dar o exemplo. Então, já cansei de passar as tardes deitada na cama, do ladinho da Marina, lendo. Lendo para mim e para ela! Primeiro, leio um pouco dos meus livros, enquanto ela tira uma soneca. Depois, quando ela acorda, leio para ela. Escolhi um livro que foi da minha mãe e que eu, quando criança, também li. Se chama "Uma Casa na Floresta", da Laura Ingalls.

O mais engraçado é que o livro é totalmente outdated. Talvez, se ela já soubesse ler, eu não deixasse que lesse sozinha. A história é a seguinte: uma família mora numa casa de madeira, no meio da floresta, e está se preparando para a chegada do inverno. Então, o pai sai para caçar e, quando volta com as suas presas, eles desossam, depenam e defumam os animais. E a autora descreve tudo com riqueza de detalhes! Minha filha certamente viraria vegetariana!

Mas além da leitura, há outras maneiras de ir aculturando o bebê. A música é uma delas, não só com Beatles, mas também, e principalmente, com Chico Buarque. Tem duas músicas do Chico que são belas histórias para contar, até como canções de ninar. Adoro colocá-las para tocar e dançar com a Marina pela sala, cantando bem baixinho para ela. (João e Maria e Valsinha para quem não quiser ver o vídeo e ouvir a música, embora eu recomende.)
 



Por fim, tem as duas palavras lá do título. São as duas palavras mais difíceis que já ensinei para a Marina até agora: minuciosamente e soslaio. Minuciosamente é a maneira como eu limpo ela a cada troca de fralda. E de soslaio foi a olhadela linda de morrer que ela me mandou ontem!



A saga das roupinhas

Já falei uma vez sobre a saga que é descobrir os tamanhos das mais variadas roupinhas, com etiquetas que dizem muito e não dizem nada. Pois então, essa semana, arrumando mais uma vez a prateleira da Marina, resolvi tirar mais umas roupinhas, lavá-las e já deixar na gaveta para uso. Achei que o tamanho já estivesse bom, como comprova a foto abaixo. E qual não foi a minha surpresa quando vi o tamanho na etiqueta: 6 a 9 meses! Como assim??? Ela só tem três meses e ficou ótima na roupinha! Realmente, não dá para acreditar em ninguém.


By the way, não é uma lindura dormindo de ladinho?

Mini mini

"Era uma vez um bebê mini mini. Todas as roupinhas do bebê ficavam grandes, afinal, como dizia seu pai, o defunto devia ser maior...
Um belo dia, o pai foi a uma loja e pediu para o vendedor uma roupinha de bebê. O vendedor ofereceu várias roupinhas, nos tamanhos P, M e G. Mas o pai disse que o bebê dele era muito pequenino e que os tamanhos P, M e G ficariam muito grandões para um bebê tão miudinho.
- Também temos um tamanho mini mini - respondeu o vendedor.
Contente, o pai exclamou:
- Isso mesmo, esse é o tamanho do meu bebê, ele é mini mini. É um bebê mini mini!
E o pai saiu da loja todo feliz com a roupinha do seu bebê mini mini."

E o bebê foi crescendo, passou a ser do tamanho mini midi e agora é mini bola. E continua cabendo nas roupinhas RN!

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Minha primeira sessão de cinema

Essa é para você que acabou de ter bebê, mas não tem com quem deixar (ou até tem, mas quem não deixa é o coração), e está louquinha de vontade de ir ao cinema. Fique tranquila, o Cinematerna está aí para isso mesmo, para você poder ver aquele filme recém-lançado, do qual todas as suas amigas estão falando, mesmo tendo um bebezinho lindo em casa. Ponto para você: bebê + cinema!

Agora, sem brincadeiras. O Cinematerna é um projeto super bacana. Eles organizam uma sessão de cinema especial, apenas para mães (pais e acompanhantes) com seus bebês. Aí, ninguém vai reclamar se um bebê começar a chorar no meio do filme. Também não vai ser nenhum pouco estraho se você tiver que trocar uma fralda durante aquela cena super emocionante. Pelo contrário, tem inclusive trocadores (daqueles altos de pé) à disposição. E, por fim, para os bebês que já engatinham e não estão a fim de passar o filme inteiro no colo da mãe, tem um tapetinho de EVA supimpa.

E, na sala de cinema, tudo é mais moderado: o ar condicionado não é tão forte, tem uma luz suave para não ficar aquele breu, e o som também não é aquela gritaria. Nota mil.

Para quem quiser conhecer mais: http://www.cinematerna.org.br/. É só inscrever para receber a newsletter e ficar por dentro da programação. By the way, até agora realmente só recebi a programação, sem aquela enxurrada de emails de propaganda. (E esse post não é patrocinado nem nada, tá? É que eu realmente gostei do projeto e da iniciativa.)

Agora sobre o filme! Assistimos Intocáveis, lindo filme francês. A Marina se comportou como uma lady, vidrada na telona, só de olho no negão francês. Mas não aguentou assistir o filme todo e cochilou no finzinho. Puro sucesso! Recomendo, o filme e o Cinematerna!

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Passeio sem a cria

Desde a segunda semana de vida da Marina, eu já saía de casa. No início, eram saídas bem rápidas, para ir à feira e ao Zona Sul, uma vez por semana, enquanto ela ficava em casa com o Dani. Depois, comecei a ir fazer a mão, fui almoçar com a minha mãe uma vez (na saída mas longa ainda nesse início). Um outro dia, minha mãe ficou aqui em casa com ela, enquanto eu e o Dani fomos jantar juntos. Foi ótimo! Confesso que foi um pouco estranho sair só com ele pela primeira vez depois do nascimento dela, mas foi ótimo voltar a ter essa liberdade, mesmo que temporária.

Depois, contratei uma pessoa (tipo uma baby sitter) que ficou aqui em casa algumas tardes. Eu aproveitava essas oportunidades para resolver tudo que foi ficando acumulado durante o tempo que passei presa em casa. Eu e o Dani chegamos até a sair a noite para jantar e ver um show, enquanto a Marina ficou em casa com a moça.

Sempre fiquei super bem, só com aquela saudadinha saudável, que não mata ninguém, muito pelo contrário, fortalece! Até ligava para casa às vezes, mais por uma sensação de obrigação de saber como estão as coisas, se mamou, se dormiu, mais para mostrar uma preocupação do que por estar, de fato, preocupada. E, se ouvisse a Marina chorar, paciência... Ela também chora quando está comigo, não chora?

Mas, na última segunda-feira, foi um pouco diferente. Saí de manhã, nada muito demorado, umas duas ou três horinhas. Aí, comecei a sentir uma angústia no coração, um aperto no peito, um nó na garganta... Decidi que não queria voltar para casa naquele estado, que queria deixar todas aquelas sensações irem embora. Então, rodei um pouco pelo shopping. Mas eu estava literalmente rodando. Nem olhava as vitrines, só andava, dando voltas e mais voltas pelos mesmo lugares. Resolvi ligar para casa. Estava tudo bem, a pequena dormia. Mas, mesmo assim, nada daquelas sensações passarem. Resolvi almoçar. Péssima ideia... Agora, o nó da garganta estava apertando também o estômago. Fiquei super enjoada. Decidi voltar para casa na mesma hora.

Quando cheguei, ela estava dormindo no carrinho. Me abaixei e fiquei beijando as perninhas dela, com as lágrimas escorrendo e o coração, finalmente, mais leve. Espero que isso não tenha sido uma prévia da minha volta ao trabalho, senão largo tudo! Largo tudo, menos o meu bebê!

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Passeio com a cria

Assim que a Marina completou um mês, eu estava doida para sair de casa com ela. Não agüentava mais ficar presa no meu castelo. Já tinha feito umas saidinhas rápidas: almoço na casa da minha mãe, médico e só... Eremita total, embora completamente contra a minha vontade. Enfim, numa bela tarde de domingo, fomos almoçar na casa de uma amiga, aqui perto.

Foi também a primeira saída com o carrinho. Só que, em vez de dar um passeinho rápido na Lagoa, eu fui inventar... Já íamos almoçar na casa da Rapha e o dia estava tão bonito que eu arrisquei: "por que não vamos de carrinho, passeando?!". E, para minha surpresa, o Dani concordou. Então, já podemos dizer que o erro foi dele, afinal, concordou com meus devaneios, desejos loucos de grávida pós-parida presa em casa.

Eu estava na maior fissura, queria passear, ficar ao ar livre. E queria aproveitar ao máximo cada oportunidade. Resultado: exageramos! A ida até a casa da Rapha foi tensa (como eu acho que seria qualquer primeiro passeio de carrinho, sem familiaridade ainda com o monta e desmonta), e também foi longa, longuíssima, desnecessariamente longa... Cheguei lá com dor no joelho, e olha que não sou dada a dores no corpo. Mas não acabou por aí. Na volta, já estava tarde, escuro e frio na rua. Então, resolvemos pegar um táxi. Outro desastre... Carro velho, fedido, imundo. Enrolação na hora de abrir e fechar carrinho, e tentar por no porta-mala, não cabe. Então no banco da frente. Que horror...

No fim das contas, foi um pouco traumatizante. Cheguei em casa aos prantos, jurando que ia ter paciência, fazer cada coisa em seu tempo. E fiz. Fomos indo aos poucos. Agora já saímos, passeamos, fomos ao Jardim Botânico, tomar chopp no Belmonte, visitar o ex-trabalho da mamãe no Centro, almoçar na Fogo de Chão, caminhar na pista Claudio Coutinho, ver macaquinhos nas Paineiras e mais, muito mais!

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Memória de elefante

Dizem que mãe tem memória de elefante, aquela que tudo sabe e de nada se lembra. E admito que essa é uma das poucas verdades que o povo diz. Memória de mãe é hormonalmente modificada, com um único propósito: perpetuar a espécie.

Nos primeiros dez dias da Marina, me dava uma pena louca pensar que ela seria filha única. Agora já passou, esqueci. Não quer dizer que já estou pronta para a outra, mas quer dizer que não é mais assunto proibido, que daqui a pouco já pode entrar na pauta de novo. Sem essa memória seletiva, muitas mães jamais arriscariam o segundo filho e a humanidade ia cair pela metade. Imagina só...

Outro exemplo da memória de elefante, é a famosa frase: "aproveita agora, porque passa muito rápido. Depois eles crescem e ficam assim, ó" (dizem as outras mães, apontando para seus filhos, que podem ter de dois a vinte e dois anos). Esse comentário me desperta vários questionamentos.

1) Quer dizem que, com o seu bebê, essa fase era um mar de rosas, mil maravilhas? Duvido! Seu bebê não chorava, sem que você soubesse o motivo? Não passava noites sem dormir? Não sofria de cólicas? Aposto que a mãe que falou aquela frase lá em cima responderia sim a pelo menos uma dessas perguntas, e teria mais várias histórias cabeludas dessa fase para contar. É que ela não lembra mais...

2) "Aproveitar agora"? Por quê? Depois não vou aproveitar? Melhor aproveitar sempre, não?

3) "Passa rápido"? Só se for para quem está de fora. Eu estou vivendo os dois meses e meio mais intensos da minha vida. Parece que a Marina nasceu há seis meses. Repare que isso não é uma reclamação, de maneira alguma, apenas uma constatação: não passa tão rápido assim...

4) "Depois eles crescem". Sim, graças a Deus! Ou você quer ter um bebê em casa para sempre? Eu não. Quero um toddler, depois uma criança, uma pré-adolescente, uma adolescente (sim, quero uma adolescente!), uma jovem e, depois, uma adulta. Quero tudo! Cada etapa no seu tempo.

5) "Ficam assim, ó". Assim como? Lindos? Porque minha filha vai continuar linda depois de grande, dizendo coisas engraçadas e curiosas, fazendo pirraça, chorando, rindo, correndo, brincando, caindo e se machucando, me desafiando e desobedecendo. Ou pelo menos é isso que eu espero!

Então, mães, fiquem contentes com seus filhos, aproveitem cada etapa, porque, isso sim, o tempo não volta. Tenho que curtir cada momento da Marina bebê, porque esse tempo não volta jamais. Daqui a pouco, terei outros milhares de momentos mágicos e magníficos para curtir ao lado da minha filha. E espero lembrar de todos eles!

Perfume francês

Para aqueles inocentes que foram por tanto tempo enganados, achando que cocô de bebê só passava a ter cheiro depois que entrassem os sólidos, tenho uma coisa a revelar: cocô de bebê também fede, e como! Nada de perfume francês, nada de aroma do campo, é cheiro ruim mesmo, daqueles que você olha (ou sente) e pensa: "como uma princesa tão linda pode fazer um cocô tão fedorento?"

Os incríveis

Eu tenho uma família incrível! Meu bebê é incrível e meu marido é incrível!

Para exemplificar a afirmação acima, vou contar um pouco como foi o casamento de uma amiga, em Itaipava, com bastante frio e muita animação.

Saímos de casa já atrasados e subimos a serra. A pequena mamou assim que chegou, antes mesmo de a cerimônia começar. Como madrinha, fiquei lá na frente com ela no colo, mas ela começou a chorar, então entreguei para o pai. Confesso que, depois dessa choradinha, fiquei com um pouco de medo do que seria o resto da festa. Mas, para a minha grande surpresa, foi tudo uma maravilha!

Ela dançou, brincou, dormiu, mamou, só não chorou mais! E foi a sensação da festa. Todo mundo já sabia quem era o bebezinho de dois meses que participou de tudo, junto com toda a família.

E o pai, todo orgulhoso, rodopiava com ela na pista, coisa linda de se ver. Dançaram forró, sambaram, jogaram confete e serpentina. Fizeram a festa!

Aí chegou a hora de ir embora e bateu aquele medinho de novo. Dizem que, ao submeter o bebê a um meio cheio de estímulos e barulhos, quando ele chega no silêncio, em vez de estar morto de cansaço e só querer dormir (como nós), pode acabar ficando muito excitado e over stimulated e, pelo contrário, não conseguir dormir, sentindo falta da barulhada e confusão. Adivinhem o que aconteceu?

Acertou quem disse que ela apagou no bercinho do hotel!!! Meu incrível bebê!!!

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Dois meses

Uma amiga diz que o mesversário é um exemplo de como a criança vira o centro do mundo na vida dos pais e de toda a família. Embora ela vire mesmo, não é bom alimentar isso. E eu concordo. A criança nasceu, entrou para a família, virou a coisa mais linda do mundo (acho que já disse isso hoje, né?), mas a vida segue! Enfim, concordo com a teoria de que é importante a criança fazer parte da família, sem dominá-la. Agora o mais importante é colocar isso em prática. Prometo que vou tentar!

Os dois meses da Marina (que já estão quase virando três), por exemplo, passaram sem bolinho de comemoração. Confesso que não foi proposital. Não pensei: "não vou fazer bolinho para ela não virar o centro do universo". Foi mera preguiça mesmo. Mas, embora tenhamos ficado sem bolinho, pelo menos tivemos as fotinhos da dinda! Lindas como sempre!

E agora todo mês faremos uma nova!

O primeiro sorriso

Várias coisas acontecem e demoram um pouco até serem devidamente relatadas, como o parto, né? ;-)

Bem, mas já tem um tempinho que a Marina ri e conversa. É a coisa mais linda do mundo. Eu fico cada vez mais chocada de como a gente é capaz de achar que o nosso filho é o ser mais lindo do universo. Porque a minha filha é o ser mais lindo e incrível do universo. Às vezes, fico parada do lado do berço, só olhando para ela. E dá um gosto tremendo. E quando ela me vê ali e começa a sorrir para mim? Para tudo! E para mesmo. Se bobear, acho até que a Terra para de girar só para ver aquele sorrisinho! Nossa, o coração dói só de lembrar. E ela ainda emite vários sons. Dá para ver que é difícil, que ela ainda estava desvendando como se faz para aquele som sair, mas está tentando. E eu rindo mais que ela, boba que só com cada gritinho. Amo!

Habemos babá!

Para o bem ou para o mal, habemos babá!

Sempre fui muito independente e fazedora e, com a Marina ainda tão minúscula, passei um período longo (talvez mais que o necessário, mas já tenho um post encaminhado sobre o assunto) quase sem sair de casa. Resultado: eu dependia de gente para tudo. Preciso comprar isso, tirar dinheiro no banco, ir ao correio, qualquer coisa. Minhas saídas semanais, enquanto o Dani ficava em casa com ela, viravam verdadeiras maratonas, correndo de um lado para o outro para dar tempo de resolver tudo. Ufa!

Além disso, as coisas que tenho para fazer em casa também acabaram ficando estacionadas, principalmente depois da minha epifania, ao me dar conta que eu estou aqui para servir à minha filha. Se ela chora, não tenho que me irritar porque ela está me interrompendo. Na verdade, eu é que interrompi minha função principal ao sentar na frente do computador. É só inverter as prioridades!

Agora, com a babá, estou mais livre, tanto para fazer as minhas coisas na rua quanto em casa. Já estou escrevendo os posts novamente no computador, e não pelo celular. Oba!

Mas, como tudo na vida, tem o lado bom e o lado ruim. Do lado bom, eu tenho a minha liberdade de volta, posso sair, trabalhar, descansar. Além disso, peço para ela fazer certas coisas que me davam preguiça, confesso, tipo colocar ela para dormir sem chupeta ou colocar para tirar uma soneca no berço. E agora quero começar a estabelecer uma rotina de verdade para a Marina, com passeios na Lagoa, muitas mamadas e sonecas. Outro lado bom, muito bom, foi a babá escolhida. Ela é ótima. Lê livrinhos para ela, canta, é carinhosa. Além disso, tem iniciativa, se prontifica a ajudar. Um acerto.

Por outro lado, eu perco um pouco da minha privacidade e do meu sossego em casa. Isso sem falar na culpa, aquela minha grande amiga que, vira e mexe, vem me visitar. Eu me sinto muito dondoca com uma babá. Pego a Marina, dou de mamar, brinco um pouco e devolvo para a babá, que vai trocar a fralda e botar para dormir. Enquanto isso, volto e sento no computador para retomar meus afazeres. Sei que muitos vão me dizer que é besteira, mas não consigo evitar a sensação de dondoquice ao estender a minha filha e entregá-la para a babá. Fora que dá aquele medinho de ela não dormir mais comigo, não me reconhecer mais como sua mãe e tal... Mais besteira? Será?

Mas tenho que superar esse lado ruim e aproveitar tudo que o lado bom tem para me oferecer!

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Amamentação: sim ou não?

De todos os problemas que achei que poderia ter com a amamentação, ficar sem leite nunca foi um deles. Achei que podia doer, que podia empedrar e doer mais ainda, que o bico podia rachar, que... bem, basicamente só isso. Quando as pessoas falam das dificuldades da amamentação, só falam disso, então só passava isso pela minha cabeça. A verdade é que simplesmente nunca achei que não fosse dar certo.

Sei que estou ficando monotemática no assunto, mas é que estava aqui pensando nas mulheres que decidem não amamentar. Como assim decidir não amamentar? Fala sério! Como pode? Eu queria... Realmente queria tanto... Fiz tudo que eu pude e, ainda assim, não deu certo. Mas agora é bola para frente. Afinal, não tem um monte de gente fissurada em parto natural (em casa, de cócoras, sem anestesia e otras cositas más) que também não acaba na cesárea? Fazer o quê?

Das duas uma: pelo menos eu tive parto normal!!!

Era uma vez um leitinho...

Desde que introduzimos o leite artificial na alimentação da Marina, minha cabeça já foi e voltou mil e uma vezes. Primeiro, a decisão era: vou aguentar essa situação por quinze dias, ver se surte efeito e, se não surtir, partir para o complemento.

Aí, conversando com a Stephanie, mais uma vez ela, dizendo coisas tão óbvias e simples, mas tão certeiras, entendi que não importa com que leite a Marina vai engordar, se é o meu ou o complemento, mas que o meu leite que ela suga, mesmo que pouquinho, vai fazer toda a diferença para ela, deixá-la mais forte e protegida. Fora que a gente prolonga essa ligação que é realmente muito forte, tão forte que você só sente quando não tem mais... Depois dessa conversa, decidi insistir até ela fazer 3 meses, afinal dizem que, aos 3 meses, tudo muda.

Mais um tempinho se passou, fomos à pediatra. Ela, que é adepta do natural e gosta de uma homeopatia, me falou para tomar plasil. E eu tomei! E acabei me acostumando com o mamatutti, com a sondinha e toda essa logística. O processo já não era mais tão penoso. Então, mudei de ideia de novo e decidi insistir mais ainda, enquanto desse, até os 4 meses, já que é o tempo em que estarei em casa mesmo.

Aí, hoje, não é que tudo muda de novo. Quando pinta uma dificuldade, o ser humano bate em retirada. E é assim que me sinto agora. As três últimas mamadas foram bem difíceis (num grau crescente!), com ela chorando, se esgoelando, sem sugar muito, chegando até a dormir no peito, coisa que não acontecia há muito e muito tempo... Na última, até desisti e passei para a mamadeira. E resolvi testar e tirar um pouco com a bomba para entender melhor a situação. (Faz mais de uma semana que eu não mexia na bomba.) E pronto... 5ml dos dois peitos. Coitada da minha magrelinha barriguda! Acho que vamos acabar pondo um ponto final a isso antes do esperado, do desejado e do batalhado... E dá-lhe Nan.