terça-feira, 24 de junho de 2014

Efeito Borboleta

Sabe aquela história da borboleta que bate asas lá na China e faz chover aqui do lado? Pois então, eu tenho uma borboleta dessas lá em casa. Até um tempo atrás, minha borboleta ia dormir direitinho, depois que a mãe colocava ela na cama e acordava cedo, impreterivelmente!

Aí, a borboleta viajou na Páscoa e conheceu o chocolate. Sério, fora a brincadeira do chocolate, a Páscoa é o meu divisor de águas. Primeiro, viajamos para Búzios, depois para Buenos Aires. E até hoje nada mais voltou ao normal! Nunca mais!

Minha borboleta não dorme mais tão cedo, nem tão sozinha, nem tão rápido. Leva uma história, um tempo, um convencimento, um filminho, um trabalho danado! Tem dias e dias. De facilidade, de dificuldade e de dificuldade master mega blaster. E ainda tem os dias em que ela dorme no carro e chega dormindo. Às vezes de pijama, às vezes sem. E quando dorme no carro sem pijama, fica com a roupa que estava mesmo. E a gente vai se libertando de uns dogmas internos, que não importam para ninguém, só para a gente. Até não importarem mais.

Mas aí a borboleta come chocolate, não dorme mais direito e, consequentemente, não deixa mais a mãe dormir direito. E aí chove! E aquela mãe que fazia dieta, emagrecia, malhava todos os dias, caminhava, cuidava da casa, voltava a ler, resolvia todas as pendências da listinha e tinha uma vida super ativa já era.

E, como uma coisa leva a outra, se eu não malho, me dá mais vontade de comer besteira, não organizo a geladeira, não consigo planejar direito os cardápios da casa, e isso vai criando um ciclo vicioso terrível. Antes eu estava fazendo todas as etapas noturnas de cuidados com a pele. Agora, lavar e tirar a maquiagem é o super máximo que eu tenho conseguido. Super mesmo... Li um livro. Comecei o segundo e tô arrastando. E como é difícil manter o ritmo, como é preciso ânimo, sempre, mesmo quando ele cisma em fugir de mim!

Aí, agora, a gente precisa de uma tempestade para cortar o efeito borboleta, aquele que fez chover aqui em cima de mim. A minha tempestade ainda não veio, mas escrevo tudo isso na esperança de que essa catarse seja a minha tempestade.

Vamos lá, filhota, é hora de voltar a dormir cedo e acordar cedo, sem visita na cama dos pais no meio da noite. Mas só depois da Copa, né?!


sexta-feira, 13 de junho de 2014

O primeiro amor

Papai viajou e ainda ganhou o maior presentão de todos!
Com vocês, Marina toda linda e apaixonada:



domingo, 8 de junho de 2014

Não é fácil...

O título que eu realmente queria colocar para esse post é proibido para menores, e como esse blog é sobre menores, achei melhor suavizar. Cada um coloca aí o palavrão que preferir. Só digo que ter filho, não é fácil.

Há uma nove dias, no sábado passado, Marina começou a ter diarreia. E passou a semana toda assim. Na agenda, só vinha lá dizendo quantas vezes ela tinha feito, e que era pastoso. Culminou na sexta-feira, com nove cocôs e uma alimentação bem fraca (três colheres no almoço e meio prato no jantar). Já tinha falado com o pediatra ao longo da semana e, na sexta, disse que estava angustiada. Mas ele me disse a mesma coisa. Diarreia não tem remédio. É oferecer muito líquido, não forçar a alimentação e esperar. Ok. E veio o sábado. A manha estava bombando aqui em casa, só no esquema colo, tv, colo. Tínhamos uma festinha e fomos. Na festa, rolou o primeiro cocô-água. Água mesmo. Depois disso, até revi meu conceito de cocô líquido dos dias anteriores. Sujeirada, bagunça, fralda trocada, mais manha, quer colo, mas não quer ir embora, quer colo, mas quer brincar com os amigos. Enfim... Saindo da festinha, fomos para a casa da minha mãe. E lá tive que rever de novo meu conceito de cocô líquido. Escorreu pela perna, derramou no banheiro, um caos. Ainda bem que eu não estava em casa sozinha com a pequena. Depois desse segundo episódio, acionei o pediatra de novo. E dessa vez ele me receitou um remédio. Tiro e queda. O humor melhorou na hora. O intestino prendeu, mas melhor isso do que antes. 

Aí, veio o domingo. A manhã foi difícil, muita manha. Mas vá lá. Depois melhorou. Eu diria até que normalizou. Comemos, brincamos, bebemos água, vimos pocoyo, de tudo um pouco, bem equilibrado. Almoçamos e dormirmos. E quando ela acordou, o monstriho tinha voltado. Era só colo, colo, colo. Fui fazer xixi e ela ficou no chão. Sério, dois minutos. (Quanto tempo leva um xixi?) Ela ficou parada na minha frente, chorando, até voltar para o colo. E o nível de paciência chegando quase no limite. Ia ao shopping fazer depilação (teoricamente algo tão básico, mas que vira quase um luxo) e minha mãe ia ficar com a Marina enquanto isso. Ao chegar, fizemos um lanche. Quer pão de queijo, sorvete (a diarreia era ontem, hoje é um novo dia. Quem nunca que atire a primeira pedra!)? Quero, não quero, não quero!!! E dá-lhe choro. E pronto, o limite da paciência foi atingido. Larguei a criança chorando no chão. E minha mãe, fresquinha da silva, deu um jeito, como sempre. É a expert na arte da distração. 

E esse é só um exemplo, um exemplo de como é difícil, de como parece ser um teste diário dos nossos limites, da nossa paciência, da nossa capacidade de abstração. Abstração, sim, porque as vezes é preciso abstrair as exigências, reclamações e choramingos das crianças. Muito sabiamente, uma amiga me disse que, no meio de uma dessas crises, já sem saber o que fazer, ela sentou na cama (enquanto a criança continuava dando o seu ataque), fechou os olhos, levou as mãos à cabeça, e pensou em tudo que não devia fazer (gritar, bater porta, bater na criança, apertar o braço, morder, xingar, sacudir). Nisso, ela se recompôs e pensou nas alternativas possíveis. E agiu conforme elas! Se adiantou? Um dia adianta, no outro não. Aí, tem que bolar outra opção, outro malabarismo, inventar outra brincadeira, outra palhaçada, mudar o foco. Mudar o foco! Nada mais importante que isso!

Eis que, depois de suas respectivas crises de terrible twos, de manha, de indecisão, ou do que quiserem chamar, eis que o dia termina assim:



Pois é! Nem tudo está perdido!

quinta-feira, 5 de junho de 2014

A propaganda é a alma do negócio

Que o meu marido é um expert na arte do convencimento, todo mundo sabe. Que ele tem o dom da lábia, também não é nenhum segredo. Não é a toa que, normalmente, os clientes gostam tanto dele. Além de saber convencer, ele sabe virar o jogo como ninguém. Se o cliente quer uma coisa, mas não tem, ele dá um jeito de conseguir algo parecido, que vá deixá-lo tão satisfeito quanto a proposta original, ou ainda mais.

Mas não estou aqui para falar de trabalho, né? Vim falar da Marina. E o que a Marina tem a ver com isso tudo?

Eu pergunto: "filha, vamos fazer nebulização?" E escuto: "nhão!" O pai diz: "não, Marina, não. Quem vai fazer nebulização é o papai. Me dá, me dá!" Quem vai adivinhar o que acontece em seguida? E dá-lhe nebulização. As estratégias variam, mas o resultado é sempre o mesmo. O aparelho de nebulização pode virar até microfone para cantar música! Sucesso puro.

Se a pequena não quer comer a banana, ele quer, e diz que está deliciosa, e maravilhosa, e muito, muito gostosa. E a pequena quer banana! E o pai vibra com seu poder de convencimento, com suas técnicas marketeiras!

E os exemplos se sucedem infinitamente e levam a crises de papaizite da pequena, que eu adoro! Confesso que me dá vontade de rir (de gargalhar) quando ouço ela fazendo manha com outro nome que não o meu. E papai, sentá aqui! Aqui, papai! Vem, papai! Papai! Papai! E também amo ver o amor entre os dois, o relacionamento crescendo, os laços se estreitando, eles se abraçando! É lindo!

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Brincadeiras em casa

Quando chego em casa da creche com a Marina, sempre tento bolar alguma coisa legal e diferente para fazer, senão acabamos passando duas horas sentadas brincando sempre com os mesmos brinquedos ou vendo algum programa na TV. Essa semana, me empolguei com as atividades, cada dia fazíamos algumas.

- Chapéu
Pegamos todos os chapéus e gorros da Marina, mais os meus e os do Dani e ficamos brincando de botar chapéu e tirar chapéu. Até as bonecas entraram na dança!

- Figurinha
O álbum de figurinha da Galinha Pintadinha rende muita diversão: procurar o número, abrir a figurinha, colar e depois cantar a musiquinha da página. E isso a cada figurinha!

- Meia
As meias renderam duas brincadeiras diferentes. Numa delas, a gente vestia a meia e escorregava. A minha intenção era deslizar, mas isso foi meio difícil. A Marina ia deixando os pés escorregarem, abrindo as pernas quase em espacate e caía de bunda. Levantava gargalhando e dizendo que era a minha vez.

- Pé de feijão
Outro dia, ganhamos uma sementinha de aipo na festinha de uma amiga. Um dia de noite, plantamos o aipo e ainda fizemos um pé de feijão também. Claro que demora a crescer, mas isso significa que temos aí uma meia hora de diversão todas as noites, quando vamos regar as plantinhas. Como quem rega é a Marina, e de colherinha, leva bastante tempo! Tomara que as duas plantas cresçam, embora eu esteja alertando minha filha e dizendo que tenho uma mão péssima com plantas.

- Bolo
Adoro fazer bolo e adoro trazer criança para a cozinha. Faz mais bagunça, dá mais trabalho, suja mais, mas é uma delícia. Claro que já me estressei algumas vezes, mas me entreguei em tantas outras. E é muito bom! Fora que a Marina termina dizendo que foi ela que fez o bolo. Tem coisa melhor do que a criança comer o que ela mesma fez? Da última vez, escolhi uma receita bem simples, que usa um bowl só, sem batedeira ou liquidificador. Foi o bolo integral de banana da Rita Lobo. Moleza! E delícia!

- Tinta no ziplock
Essa foi uma brincadeira que não deu muito ibope. Coloquei tinta dentro de um saquinho de ziplock, com várias cores diferentes. Prendi no vidro com fita adesiva e a ideia era a Marina ficar brincando de misturar as cores. Mas ela queria soltar o saco do vidro. E eu nervosa, com medo daquele saquinho abrir e sujar tudo de tinta. Finalmente, tirei do vidro, usei a fita para selar a abertura e isso rendeu mais uns 3 minutos... blé.

- Colagem no contact
Essa eu ainda não fiz, mas está engatilhada. Tem que recortar uma forma vazada numa folha de papel colorido. Pode ser um coração, uma flor ou até um simples quadrado. O importante é tirar o miolo do desenho, deixando apenas o contorno no papel colorido. Aí, cola no contact. O miolo do desenho vai ficar com o colante do contact virado para cima. E essa é a brincadeira, colar papel picado ali e completar o contorno do desenho! Deve fazer uma sujeirinha, mas é só abstrair, né? Venho me superando nessa arte a cada dia.

- Cabana
Temos uma casinha daquelas que arma e desarma, bem fácil (exceto da primeira vez, quando levamos mais de 10 minutos para conseguir fechar a maldita...) A cada vez, usamos a cabana para um propósito diferente: um dia brincamos de dar comidinha para as bonecas, no outro lemos livros ou simplesmente brincamos de botar e tirar tudo dentro da casinha (bonecas, brinquedos, livros, travesseiros, etc.)

Quem tiver mais opções legais para fins de tarde pós colégio, sou toda ouvidos!