sábado, 25 de fevereiro de 2012

A gravidez em família

Adoro participar as pessoas das coisas, inclui-las, fazê-las se sentirem parte. Quando tem ultra, gosto de levar a mãe, a sogra, o pai, o irmão, a avó, a amiga, todo mundo. É legal partilhar a emoção do bebê crescendo com a família. Adoro isso.

Com os chutes é a mesma coisa. Sinto um chute, sinto outro, é hora de olhar pro lado, ver quem está por perto, quem eu quero que participe desse momento comigo. E tasca de meter mão na barriga. A Nina ainda é pequena, ainda vai chutar mais e mais forte, mas um monte de gente já teve uma provinha. E quem ainda não teve, pode ter certeza de que terá, se ela chutar enquanto você estiver por perto!

Amo!

Medos da barriga

A barriga traz consigo vários medos. Esses dias, experimentei dois deles.

O primeiro, mais físico, é a dor nas costas, consequência do aumento de peso e da mudança do centro de gravidade. Meu pobre corpitcho não está acostumado e já está reclamando dos 3 quilinhos adquiridos nesses últimos cinco meses. (Sim, isso foi uma desculpa para me gabar mais uma vez dos míseros três quilinhos!).
Mas, voltando a dor. Ela é real. E, ontem, foi forte. Nunca tive dor nas costas, no joelho, nas juntas, não sou acostumada a sentir dor, então admito que posso ser um pouco fraca para essas coisas... Mas a verdade é que, mais que uma dor, dá para sentir que é um incomodo, que o corpo realmente precisa se ajustar às mudanças que sofre. Agora, a pergunta que não quer calar é: como vou passar o dia sentada trabalhando, a noite deitada dormida e os próximos 25 dias que se aproximam viajando? Big question.

O medo dois é mais psicológico. Quando Ritinha ficou grávida, contou que uma vez deitou na cama com o computador no colo. De repente, sentiu a barriga quente e, óbvio, tirou o computador na hora. Resultado da cabeça: Lico não se mexeu por uns três dias. Fazia dois dias que a Marina também não mexia, e ela ainda é pequenina, ainda nem está tão apertadinho lá dentro. E já começa a dar um medinho, uma insegurança... Conclusão: filha, aproveita para fazer bastante bagunça aí dentro que a mamãe não vai brigar. Só cuidado para não me machucar muito, tá? Afinal, aí já criamos um ciclo vicioso para o primeiro medinho. Ai minhas costas...

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Barriga durinha

Quer conseguir uma barriga durinha, me pergunte como! Engravide!
Hoje acordei cedinho, toquei na barriga e lá estava ela, durinha, durinha, melhor que barriga tanquinho. Só que aí, uns dois minutos depois (ou menos), vira para um lado, para o outro, de repente, barriga molinha...
O que será que essa criança faz para deixar a barriga durinha desse jeito? Ou melhor, será que é ela? Se bobear, nem é. Se bobear, a barriga durinha é o jeito do meu corpo de proteger ela. (Não é muito fofo?)
Quero mais barriga durinha!

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Metade do caminho

Com uma barriga ainda pequenina, 2,5kg a mais do que início e um útero de 20cm, chego à metade da minha gravidez. Sei que o caminho que me resta será mais e mais longo do que o percorrido para chegar até aqui, com vários percalços e dificuldades maiores que as que já enfrentei, mas com uma grande vantagem: agora, finalmente, me sinto grávida de verdade!

Agora já vislumbro o bebê, já vislumbro a barriga, já sinto uns chutinhos ocasionais, agora é de verdade mesmo!

Agora, quando me abaixo, o peito já encosta na barriga, quando estou sentada de saia, já sinto a barriga repousando nas pernas. E olha que só engordei 2,5kg! (Minha obstetra disse que sou um exemplo! E espero continuar assim!)

Agora, já vou começar os cursos de grávida, já começo a comprar umas roupinhas, a pensar no quartinho (ou no espacinho dela), a me preparar para receber meu bebê. (Embora ainda falte tanto...)

Agora, começo a ficar cada vez mais ansiosa! (O pior é que ainda é cedo para isso.)

Agora, faltam 20 semanas para a Marina nascer. Começou a contagem regressiva!

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

A memória seletiva das mulheres

Confesso que realmente nunca tinha entendido as mulheres que diziam que a gravidez era a melhor fase da vida. Mas a Carlota me ajudou a abrir os olhos e ver a situação por outro lado, e tem toda a razão.
 
"As mulheres, na verdade, tem memória seletiva. Caso contrário, se a gente só lembrasse do mal estar, das noites não dormidas, do estresse, (passei muitas noites em claro chorando junto com o bebê), qualquer mulher jamais teria o segundo filho. Mas tudo isso passa e os momentos de alegria com um filho no decorrer da vida vão sempre superar essas dificuldades. A tal mulher teve a melhor fase da vida dela simplesmente porque já acabou."
By Carlota

As vantagens da gravidez

A pedidos, ou melhor, a reclamações!

Nem só de cólicas, enjoos e dores de cabeça vive a grávida. Tem muito mais!

Tem a barriga que vai crescendo (e você engordando, ok). Mas é realmente incrível pensar que, depois de 10 meses (sim, 10 meses) a criança sai prontinha de dentro de você. Quer dizer, ela já estava pronta há um tempo, e dentro de você. Esse é, sem dúvida, o milagre da vida, uma coisa que, ao mesmo tempo me espanta, me assombra e me maravilha!

Tem o bebê mexendo, que até agora só senti uma vez, mas já anseio tanto quanto ter minha filha nos meus braços. Já posso ter sentido enjoo, perdido roupa e tal, mas acho que a gravidez fica mais real quando o bebê começa a mexer. E aguardo ansiosamente por essa realidade!

Tem a doçura de saber que vou ser mãe e poderei repetir com a minha filha as mesmas coisas que minha mãe fez comigo: os passeios, os ensinamentos, a parceria, a amizade, a educação. Sim, quero educar, quero participar de cada momento, quero muito!

Tem as regalias, as filas preferenciais, os assentos especiais. Até agora, estava com bastante vergonha de me beneficiar disso, mas, afinal de contas, tenho todo o direito, não tenho?! Tem também as vontades satisfeitas, desde um sorvete, um copinho de água ou uma coca gelada. (Sem muitas extravagâncias!) Tem os paparicos e, sim, principalmente as concessões pessoais, afinal estou grávida e não preciso e não devo me submeter a certas coisas.

Tem os carinhos da vovó na barriga, e das amigas, e do tio, e do pai, que também conversa, brinca, e até já briga (acho que só mesmo antes de nascer. Depois é que eu vou querer ver!).

Enfim, mami, tudo isso só para dizer que, apesar dos pesares (que vão ficar cada vez mais pesados), eu amo estar grávida. E amo principalmente o que a gravidez vai me proporcionar!
Então, fica tranquila, o meu copo, assim como a minha barriga, estão meio cheios!

O vestido da Nina

A Nina já ganhou vários presentinhos. Na verdade, quem ganhou vários presentinhos foi o bebê. A Nina mesmo só ganhou dois, ambos de Tiradentes, um body gracinha demais, com detalhes bordados a mão e tudo, e um vestido, o vestido.
O vestido é lindo, tem jeito de menina, cara de menina, cor de menina e cheiro de Tiradentes! É tudo tão bonitinho que dá arrepios de imaginar a Marina dentro dele.

Aí, no dia em que ganhei o presente, cheguei em casa, coloquei ele todo arrumadinho e abertinho em cima do travesseiro do Dani e fiquei na sala trabalhando. Quando ele chegou, eu não disse nada, só mandei ele ir pro quarto, bem ríspida. Depois de alguns segundos resistindo e mais outros insistindo, ele foi. E se deparou com o vestido bem em cima do travesseiro. A cena foi tão linda...
Não preciso nem dizer que foi outro momento lagriminha, né? E do pai! (Mas eu sempre acompanho mesmo...)

Obrigada, Paulinha! Amamos!

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

As pessoas e as grávidas

A interação entre as pessoas em geral e as grávidas é bem curiosa.

Primeiro, a grávida chega a um lugar e é festa! "Que linda que você está!", sim, porque toda grávida é linda. "Você está ótima", sim, toda grávida também fica ótima. As exclamações são ótimas. Depois vem a festa de: "é uma menina!". (Que existe igualmente para: "é um menino!".)

Aí, corta a cena e passa para o momento seguinte: a grávida está abaixando e levantando, arrumando várias coisas e organizando várias caixas, o que implica em carregá-las de um lugar para o outro. Então, passa uma pessoa: "menina, você tá grávida, não pode carregar peso". Reparem no verbo: passa. A pessoa comenta e passa. Ela vê a grávida abaixada e carregando caixa, sabe que não deveria, diz que não deveria, e segue a vida. Da próxima vez, melhor nem comentar, né?

O pior sintoma da gravidez

Já disse várias e várias vezes que as mulheres mentem. Outro dia mesmo, uma mulher (mais uma) veio me dizer que a gravidez foi a melhor fase da vida dela. Primeiro: isso não é possível, só se ela tiver uma vida realmente miserável. Segundo: coitada da criança! Era melhor quando ela estava na barriga do que nos braços. Espero gostar mais de ter minha filha nos meus braços do que na minha barriga.

Além disso, ainda tem todos percalços da gravidez, que eu vivi intensamente: enjoo, refluxo, gengiva e nariz sangrando, etc, etc, etc. Ainda não conheci a tão temida azia. Queria tanto passar sem essa... Mês que vem veremos.

Mas o pior sintoma de todos é a cólica (ou dor no baixo ventre). Não é pela dor em si, afinal nem dói tanto. Mas dá uma insegurança, um nervoso, uma sensação de que tem alguma coisa errada. Aí, eu abro o primeiro aplicativo do iPhone de gravidez ou leio o primeiro parágrafo do site do BabyCenter e dizem que é tudo normal. Eu sei, eu sei que é normal, mas não precisava, né?

Pelo menos a Nina já tá bem grandinha, bem presinha dentro da barriga e não sai de lá de jeito nenhum, pelo menos pelos próximos 4 meses!

Ah! Uma observação importante: disse meu médico uma vez que o enjoo é justamente uma reação do corpo aos vários hormônios que estão sendo produzidos para segurar a gravidez e não deixar meu organismo expulsar o bebê estranho. Então, ficar enjoada previne abortos! Urra!

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Mexeu?

Outro dia, no trabalho, acho que a Marina mexeu pela primeira vez.
Já tinha lido que não dá para saber realmente se foi o bebê, se foram gases, ou uma contração involuntária do seu corpo ou o estômago roncando de fome ou qualquer outra coisa.
Comigo não foi diferente. Senti como se fosse uma bolinha de gás se formando dentro de uma bacia de água, como quando a gente respira debaixo da piscina.
Parei tudo, botei a mão na barriga e esperei. Não aconteceu nada, absolutamente nada. Então, de repente, senti de novo, a mesma coisa. Era a Nina! Tem que ter sido a Nina!

Não sei se por coincidência ou não, mas essa primeira mexida foi mesmo dia em que fiz a primeira aula de yoga. Talvez ela tenha sentido uma atividade diferente na casinha dela, talvez tenha sido por acaso, talvez ela tenha gostado, talvez não. A verdade é que achei o máximo, e vou achar mais ainda quando puser a mão e conseguir sentir por cima da pele (e não só por dentro. Assim é muito egoísta. O pai também quer sentir.)

Agora, só fico na expectativa de mais reações, seja às aulas de yoga ou não!

Angústias (e nunca falem mal da minha filha!)

Hoje contei sobre o blog para uma amiga querida e ela me perguntou se eu escrevia sobre as minhas angústias, medos, etc. Resultado: parei para pensar no assunto.
Cheguei a conclusão de que não tenho muitos medos ou angústias. O que mais tenho são dúvidas, mesmo assim dúvidas de ordem prática, de como vai ser, como vou fazer, do que vou precisar, etc. Realmente sou uma pessoa muito flat, muito aqui e agora, muito objetiva. Acho isso bom, pelo menos na maior parte das vezes. Dá menos trabalho, menos canseira e menos desgaste.
Mas acho que, às vezes, também deve ser bom ficar refletindo sobre as coisas e over thinking um pouquinho... Maybe I can try it!

Mas, para entrar no clima da angústia, outro dia tive uma sensação bem estranha.
Estava no trabalho, momento super tenso, todo mundo em reunião, menos eu (que agora trabalho sozinha, sem equipe - mas isso não é papo para agora!). De repente, escuto, em tom de discussão, o meu nome. Eu até sabia qual era o motivo da discussão: data de saída da Luciana, quem vai substituir a Luciana, quando uma tira férias e a outra, mas quem fica e etecetera, etecetera, etecetera (assim mesmo, longo e por extenso)!
Me deu uma sensação tão estranha, tão incomoda, tão desconfortável de saber que estavam falando de mim daquela maneira, às minhas costas, que a única coisa que eu consegui pensar foi: tomara que nunca falem mal da minha filha!

De Nina, para papai!

Hoje, inaugurei o primeiro presente de Natal que a Nina deu para o papai, junto com um cartão lindo, dizendo que vai amar ele para sempre!

Short story long: Há muito tempo, eu queria comprar os copos Estrella para o Dani. São os copos do Venga! e ele adora! Eu sempre que passava na frente perguntava se tinha e nunca tinha. Uma vez, tentaram até me vender os que ficavam em uso (eca!), e outras disseram que não podiam nem vender os que estavam em uso (ufa!). Resumo, passaram-se aniversários, natais e outras datas comemorativas e nada de eu conseguir comprar os malditos copos.
O pior é que sempre que a gente ia lá junto, ele queria falar com o garçom para comprar. E como eu acredito muito em Murphy, eu tinha certeza de que, se ele algum dia falasse com alguém, sairia de lá com os malditos copos. Então a missão era sempre dissuadi-lo, mudar de assunto, trocar de foco.
Aí, eu já tinha comprado um presentão lindão de natal para o maridão: uma mala linda para as novas viagens a São Paulo, linda mesmo. E não é que, um belo dia, saindo da casa da Nonna em Ipanema e indo para o centro, passei na frente do Venga! da Garcia e, mais uma vez, resolvi entrar e perguntar se os copos para vender, só por desencargo. E não é que tinha?
Resultado: dois presentões (sim, os copos são um presentão!) e uma só comemoração. O que fazer? A Nina deu um presente para o papai, de surpresa total!

Na hora da distribuição, ninguém sabia de quem era o caixão vermelho. E tinha um mini cartãozinho que dizia:
De: Nina
Para: papai
Momento lagriminha total! Isso sem nem mencionar o que dizia dentro.