sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Eu assumo

Assumo que fiz mal à minha filha... E quase me partiu o coração.

Estávamos as duas deitadas na cama, no maior aconchego. Delícia pura! Aí, a nossa brincadeira acabou, ela ficou quietinha, continuamos bem abraçadinhas e eu comecei a mexer no maldito celular. E não é que, de repente, o celular toma vida, pula da minha mão e vai parar bem na cabeça da Marina? Foi de leve, mas bateu. Foi de leve, mas ela chorou. Foi de leve, mas partiu meu coração. Foi de leve, mas ficou roxinho.

Pode ter sido de leve para ela. Para mim, foi a maior paulada!

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Eu sabia, mas não tinha ideia

Tem milhares de coisas relativas à maternidade que eu sabia, mas não tinha ideia, milhares mesmo. E elas são de todas as índoles, desde o trabalho que dá até o amor que sentimos. Eu sabia de tudo isso (assim como você deve achar que sabe, mas, na verdade, não tinha ideia. Então, querida e ingênua amiga, não se engane!)

Bem, mas tudo isso para dizer que eu sabia que, depois de parir, o cabelo cai. É, eu sabia, mas não tinha ideia. Sério, você não tem ideia se quanto cabelo cai. Eu diria que está caindo três vezes mais cabelo do que caía antes. E não é só no banho, não. É toda a hora, é só passar a mão no cabelo e lá se vão uns cinco preciosos fios! And counting...

Neuras

Cada mãe tem suas neuras. Várias dizem que acordam no meio da noite e vão até o berço ver se o bebê está respirando. Taí uma coisa que eu nunca fiz e que, até agora, ainda não me grilou. Mas, em compensação, a pior coisa para mim é quando ela engasga. Engasgo é pior até que as golfadas, que já me aterrorizaram (e acho que só não me aterrorizam mais porque diminuíram bastante, pelo menos por enquanto).

O engasgo é terrível. Ela tá lá mamando na maior paz e, de repente, larga o peito e começa a tossir e respirar tentando puxar ar, mas com aquele barulho de dificuldade infinita. E os olhinhos ficam todos marejados, e o rosto, vermelho. E eu não sei o que fazer. Levanto os bracinhos dela, dou tapinhas de leve nas costas e brigo, sempre, para ela aprender que não pode fazer isso com a mamãe. Marina não pode engasgar, aiaiai!

domingo, 26 de agosto de 2012

Meus dias de glória

É chegada a hora de contar a história dos dias de glória da amamentação, afinal não quero que fique parecendo que eu só faço reclamar. Porque isso bem não é verdade.

Tudo começou ainda na maternidade, quando não sabíamos o que fazer, nem muito menos como fazer. Aí, uma enfermeira simpática nos ajudou, ensinou as técnicas. Aí, veio outra enfermeira não tão simpática, que levou um esporro do Dani e voltou com o rabinho entre as pernas, também disposta a ajudar. Já em casa, tivemos nossos primeiros dias de dificuldade, logo superados com a ajuda fundamental da Stephanie.

Amamentar pode parecer a coisa mais simples e natural do mundo, mas não é. É difícil e requer prática. Pior do que andar de bicicleta. Depois que você aprende, aí sim vira moleza. Mas, até lá, a gente pena, mãe e filha juntas! Por isso, nesse primeiro momento, toda ajuda é bem-vinda. E quanto mais rápido você agir e procurar ajuda, melhor será! A gente foi na Stephanie e ela ajudou muito. O mais importante foi dar confiança e a certeza de que é assim mesmo, com dias mais fáceis e outros mais difíceis.

Depois disso, a amamentação deslanchou. Foi ótimo. Ela mamava e eu estava tranquila. Via TV, mexia no celular, falava no telefone. (Porque esse negócio de curtir a amamentação, amamentar num lugar calmo para se conectar com o seu filho é muito romântico, mas só funcionaria se você amamentasse uma vez por dia. Lembre-se que você amamenta oito vezes por dia, com uma duração de, em média, 20 minutos, o que representa quase três horas do seu dia! Sério, não dá para chorar e escrever poesia todas as vezes!)

Era uma praticidade sem tamanho. Tá com fome? Levanta a blusa, solta o sutiã, tira a concha e mete o bocão! Além disso, ainda tem o lado emocional, de saber que você está alimentando seu filho, provendo tudo que ele precisa para sobreviver. Isso é muito legal. E o vínculo que se estabelece durante a amamentação também é muito forte. (Pode ter momentos de estresse, claro, mas cabe a mãe e filho superarem isso juntos, mais um motivo para fortalecer ainda mais o vínculo.)

Percebo tudo isso agora que a amamentação deixou de ser integralmente no peito. Agora, quando a Marina fica presinha no peito, sem a sonda do mamatutti, acho tão gostoso e curto tanto que continuo firme e forte tentando recuperar meu leite! E dá-lhe canjica, chás, homeopatia e até plasil!!!

Fora que a fórmula é caríssima, desregula o intestino e não tem os meus anticorpos. Eu tinha me dado 15 dias antes de desistir, mas mudei de ideia. Vamos até o fim de setembro com o esquema peito + fórmula, para que a gente continue pertinho uma da outra e para que ela absorva todos os meus anticorpos. E até lá, quem sabe, meu leite não volta? Torçam!

O ser humano é engraçado, né? Nunca está satisfeito. Quando amamentava, tinha momentos em que eu achava aquilo uma chateação. Agora, tudo que eu quero é voltar a amamentar. E já acho até que era super prazeroso. É preciso aprender a curtir o que temos, sem olhar para a grama verde do vizinho. Afinal, o nosso jardim é sempre mais florido!

sábado, 25 de agosto de 2012

Louca, eu?

Uma vez, uma amiga me disse que tinha umas mães malucas que compravam balança igual a de consultório pediátrico para pesar a criança em casa. Eu, com toda a minha sabedoria pré-maternidade, julguei e condenei tais mães loucas e neuróticas. Pois agora eu digo: "quero minha balança!".

Ou, então, quero um peito transparente com marcas de medidas, para saber direitinho quanto foi consumido em cada mamada. E só!

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

É menino?

Prezado transeunte,
Aí vão algumas dicas para você!

1) Em primeiro lugar, não interaja excessivamente com bebês desconhecidos, no meio da rua. Caso você realmente não consiga se controlar, continue lendo as dicas abaixo.

2) Em pleno século 21, ainda existe a convenção de que menina só pode usar rosa e laçarotes. Se estiver de azul, amarelo ou verde, é menino... Nada disso! As meninas modernas vão muito além do rosa. Ouso dizer inclusive que as meninas modernas abominam o rosa! Então, se vir um bebê de azul, não pressuponha que é menino. Pergunte! E não pergunte dizendo: "é menino?". É estúpido e preconceituoso. Se estiver na dúvida, diga simplesmente: "que bebê lindo. É menino ou menina?". Fácil, não?

3) Se ninguém pediu a sua opinião, não dê. Já nos bastam os palpites da família e amigos. Não quero receber pitaco de desconhecido sobre a minha filha. Faça-me o favor! Pode avisar se a meia estiver caindo ou a mantinha arrastando no chão, mas não me venha com: será que ELE não está com frio? Será que a cordinha da chupeta está incomodando ELE? Primeiro, não é ele. Segundo, não se meta!

4) Eu não te conheço, então não toque no meu bebê. Eu não te conheço e a sua mão está suja, então, de novo, não toque no meu bebê. Também não precisa meter o carão dentro do carrinho para ver o bebê, afinal eu não te conheço!

Garanto que, com essas poucas dicas, você vai se comportar muito melhor perto de bebês e mães desconhecidas. By the way, pode elogiar, mas também não precisa exagerar!

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

O efeito Marina

Não é segredo nenhum que filho muda a vida da gente. Acho que a gente não tem noção de quanto, mas sabe, em teoria, que vai mudar e vai ser para sempre. Nada será como ontem...

Mas não é só a gente que muda, não são só os pais. Adoro ver o efeito Marina em todo mundo. Não é só porque é minha filha, não, mas ela é especial e toca fundo no coração de todos ao redor.

Adoro ver o relacionamento do meu irmão com ela. Sempre soube que ele gostava de criança, mas nunca imaginei que ele fosse criar laços tão fortes e tão rápido, e com um bebezinho que ainda reage tão pouco. Já a minha mãe, acho que deve gostar mais dela do que gostava de mim quando eu tinha dois meses. Elas se entendem no olhar, e conversam em italiano! Conversam não, minha mãe lê poesia em italiano para a pequena. Meu pai, o mais discreto da turma, fica com o rosto todo bobo quando segura a Marina. E minha avó tá sempre fazendo questão de marcar o território dela. Se o fulano segura, ela tem que segurar também! Minha prima ficou tão emocionada quando a Marina nasceu (eu não vi, mas me contaram) que eu também me emociono.

Do lado do Dani então, a Marina foi como o cavalo azarão que venceu a corrida e terminou coberto de lauréis! Ninguém mais esperava outro neto ou sobrinho, e a pequena veio para realizar o maior desejo do Dani e encher de alegria e orgulho todo mundo que já achava que nunca veria ele com um bebezinho nos braços. Adoro ver como minha sogra acompanha cada novidade dela, como a tia dele fica emocionada ao ver o sobrinho realizando um sonho, como a irmã vira tia babona, mesmo com três filhos maiores de idade, e até o priminho, que ficou cheio de ciúmes agora que não é mais o caçula.

Isso só para falar da família, e mesmo assim só de algumas pessoas. Ainda tem todos os amigos, a Carlota, madrinha toda boba, e a Nez, vodrinha, que já fez até o mapa da Marina, que diz que ela veio para transformar.

E veio mesmo. Para transformar um casal numa família!

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Aqueles dias (de emoção)

Como diriam as mulheres que menstruam, hoje estou num daqueles dias, aqueles em que você se emociona até com comercial de margarina, imagina com o rostinho lindo da sua filha?!

Minha meia-irmã, filha da mulher do meu pai, acabou de ter filho. Perguntei como ela estava e recebi a seguinte resposta: "muy impresionada". Pois hoje, após quase dois meses, posso dizer que essa sensação não passa. Pelo contrário, só aumenta. Minha filha me impressiona cada vez mais.

Então, num dia sensível, fiquei muito impressionada com a magia do sentimento que minha filha desperta em mim. Primeiro, estava vendo um programa de culinária e o prato era hambúrguer. A apresentadora mostrava como fazer hambúrguer para vários gostos, para satisfazer toda a família. Isso foi o suficiente para eu imaginar minha família jantando junta, sentada ao redor da mesa, cada um contando um pouco do seu dia, rindo, relaxando, a vontade. É a realização de um sonho! Minha família! Pronto, primeiras lágrimas do dia.

Um pouco mais tarde, depois de amamentar, a Marina estava no meu colo. Com uma mão, ela fez um carinho nas minhas costas. E a outra ela meteu dentro da minha blusa, agarrando a alça do meu sutiã. E pronto, mais lágrimas!

Realmente, a maternidade é um milagre! A alegria que desperta aumenta a cada dia, me transformando numa pessoa melhor (ou pelo menos diferente).

Pronto, fim de post com lágrimas nos olhos. E muito amor no coração!

I quit

Minhas opiniões acerca de parto e amamentação nunca foram radicais, nunca fui daquelas que defende a causa com unhas e dentes e sai pela Rio Branco de peito de fora em passeata. Não mesmo! Sempre preferi parto normal e amamentação integral até pelo menos os 4 meses, preferencialmente até os 6.

Aí, chegou minha hora de parir. Parto normal, claro. Afinal, tudo conspirava ao meu favor: Marina encaixada, super dilatação (tanta que o mais seguro foi até induzir o parto, em vez de passear por aí com 6 cm de dilatação...), enfim, tudo perfeito. Começou a indução e nada é tão fácil quanto parece. Duas horas e nada, estava exatamente igual a quando cheguei no hospital. E dá-lhe toque para medir e tentar estourar a bolsa. E dá-lhe desagrado, incomodo e uma dorzinha bem chata. E pode aumentar a anestesia aí, doutor. E nada ainda. Então, já cansada de tudo aquilo, sozinha com o Dani na sala de pré-parto, perguntei se ele não achava melhor resolver logo tudo aquilo, fazer o bebê nascer de uma vez. Não pronunciei a palavra, não perguntei se não era melhor partir para a cesariana, mas foi exatamente isso que eu quis dizer. Ele disse que não, que a gente devia esperar um pouco mais, segurou minha mão e disse que ia dar tudo certo. Ok, esperemos. E esperamos, e a Marina nasceu de parto normal. (Depois conto mais sobre o parto num post específico.)

Aí veio a hora de amamentar. No início, foi difícil, éramos duas que não tínhamos ideia do que fazer. Éramos duas aprendendo juntas. E nada mais difícil (e mais mágico) do que aprender junto, sem ninguém para ensinar. Mas logo aprendemos e deslanchamos. Foi tudo um sucesso. E uma praticidade sem fim. Tá com fome, filha? É só levantar a blusa abrir o sutiã, tirar a concha e meter o bocão! Beleza pura! Aí, ela chora e chora e chora. E tá magrelinha que só. Resultado: a pequena está com fome e a mãe, com pouco leite. (Depois, também vou dedicar um post exclusivo a fase bem sucedida da amamentação.)

Aí começa o estresse. Vamos dar complemento, mas não na mamadeira. O complemento vai através de um tubinho, que ela suga junto com o bico do peito. Assim ela continua estimulando o peito e não se acostuma com a facilidade da mamadeira. Então, a maratona começa assim: ferver água mineral e esfriar até a temperatura certa para ela tomar. Misturar o complemento, colocar no mamatutti, dar o peito. Depois que ela pegar direito, inserir na boca dela, colado ao bico do peito, o tubinho, tipo uma sonda, ligado ao mamatutti com o leite artificial. Aí, ela mama tudo! Mamou? Tem que trocar a fralda. Trocou? Brinca um pouquinho com ela e coloca no berço ou no minhocão do meu lado. Aí, enquanto ela adormece, tenho que tirar um pouco de leite com a bomba para estimular, uns cinco minutos de cada lado. Acabou? Tem que lavar e esterilizar tudo. Pronto? Daqui a mais ou menos uma hora começa tudo de novo! E ainda tem as cápsulas de alfafa, o chá da mamãe, a canjica! Cansou? Eu também!

Aí vem aquele mesmo pensamento lá do dia do parto. Adoraria amamentar minha filha exclusivamente pelo menos até 4 meses, mas é um sacrifício, uma trabalheira, um estresse. É, sim! Não quer dizer que eu vou desistir. Afinal, para isso tenho o Dani, para me incentivar a fazer o melhor para ela, mesmo que tenha que levantar as 4h da manhã e esquentar o leitinho. Realmente, nada como a praticidade da amamentação!

Tem que jogar a vontade de desistir para debaixo do tapete, insistir um pouco mais, persistir e torcer para que a amamentação volte ao normal, que o peito comece a jorrar leite! Não é moleza, mas a Marina agradece!

E, como dizem por aí, there's no free lunch, nem para a pequena!

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Roupinhas e mais roupinhas

Uma coisa que sempre achei dificílima era separar as roupinhas da Marina pelo tamanho certo para cada idade. Cada continente (sim, ela tem roupa de vários continentes), cada país (consequentemente, ela também tem roupa de vários países), cada loja (e até dentro da mesma loja) tem tamanhos e padrões totalmente diferentes.

A etiqueta de uma roupinha diz que é para bebês de 0 a 3 meses ou 3 a 6 quilos. Outra exatamente do mesmo tamanho diz que é para bebês de 62 centímetros (considere que, aos 0 meses, a Marina tinha 50). E agora, José? Essas roupinhas vão para a pilha de que mês?

Além disso, tem aquela loja básica para bebês, tupiniquim mesmo, e lindinha (eu adoro!). Das roupinhas da foto, temos o seguinte:
- lilás: tamanho P, curto no gancho como os PPs, mas com o dobro de largura.
- laranja: tamanho PP (para recém-nascido), mas com o gancho lá do tamanho das roupinhas de 3 meses.
- verde e branco: tamanho PP padrão Marina.

Isso tudo só acarreta em dois problemas: um, perder as roupinhas sem ter usado porque elas estavam na pilha errada. Dois, vestir uma roupa enorme nela (ou mínima) e ter que trocar. Fora isso, vamos levando e arrumando o armário e gaveta constantemente!

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Gamei

Podia ser mais a cara do pai???
Já disse que amor de mãe não é imediato, brota e vai crescendo, sendo alimentado a cada dia. Pois eu gamei! Estou completamente apaixonada pela minha filha. Fico simplesmente olhando para ela, sem cansar, admirando-a, me perguntando como eu posso ter feito uma coisa tão bonita, tão incrível, um verdadeiro milagre, como ela pode ser tão perfeita e tão minha?

Já amo e o que mais me alegra é que ainda vou amar muito, mas muito mais! Sem fim! Para sempre!

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

I do

Depois de uma festa de casamento linda, de uma filha mais linda ainda e de quase dois anos de muita felicidade, tenho certeza de que escolhi o melhor homem para ter ao meu lado pelo resto da vida, para cuidar, criar e amar meus filhos. Para cuidar de mim e me amar também! Então, chegou a hora de passar papel!

Pois é, ainda não éramos casados. Comecei a tomar todas as providências, separar documentos, preencher formulários e mais milhares de burocracias. Resumindo, não entendo como as pessoas casam tanto. Dá uma trabalheira danada!

Um dia após o outro

Para mim, uma das coisas mais importantes é entender e controlar os processos. E vamos combinar que, quando estamos lidando com um bebê de um mês e meio, processo não é a coisa mais fácil do mundo. Então, estou me aventurando no grande processo de entender que não há um padrão, que agora não estou mais sozinha no comando.

Hoje, conversando com um amigo, ele me perguntou como estavam as coisas com a filhota, como estava a vida de mãe. Com toda a minha sinceridade, respondi que tinha dias bons e ruins. E foi então que ouvi a resposta mais óbvia e sensata: como tudo na vida, não? Como o casamento, o trabalho e até como nós mesmos. Tem dias em que acordamos melhor ou pior. Brilhante!

Entendido isso, que tudo na vida tem altos e baixos, vamos ao segundo passo para a adaptação à falta de controle. O pior para mim é ter planejado várias coisas para fazer naquele dia e não conseguir chegar nem à metade porque a Marina não para de chorar, a não ser que esteja no aconchego do colo da mãe. Então, hoje cheguei a uma conclusão importante (embora muitos digam que seja também um tanto óbvia) para minha nova vida de mãe: a Marina é a prioridade. O que quer que seja que eu tenho que fazer vai ficar para depois se ela assim decidir. Não tenho mais prazos, não tenho urgências, tenho a Marina.

Mas também não posso viver nessa anarquia 24 horas por dia, 7 dias por semana. Por isso eu tenho o Dani, que chega em casa do trabalho e começa a segunda jornada. Haja gás! E por isso também ganhei minha alforria às sextas. A partir dessa semana, terei uma pessoa para cuidar da Marina às sextas enquanto eu me jogo nesse mundão de meu Deus.

Mas, enquanto a sexta não chega, minha prioridade me chama. E eu vou atendê-la com o coração leve, sabendo que, nesse momento, eu sou só dela!

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

As grávidas

Para mim, esse blog tem sido muito importante, porque, embora público, me sinto muito a vontade para falar abertamente sobre tudo (ok, quase tudo). Mas o mais importante é que se trata de um espaço no qual eu me abro de verdade e falo sem ressalvas, falo de coisas que as mulheres não costumam falar (pelo menos não antes de você dar um empurrãozinho).

Mas pra que essa pequena introdução? Para dizer uma verdade muito verdadeira! Outro dia, vi uma grávida na rua. Em vez daquele pensamento típico de "que linda", o que passou pela minha cabeça foi uma coisa totalmente diferente. Pensei que a coitada tava lá, toda linda, grávida e feliz, e não tem a menor ideia da realidade que espera por ela, de como vai ser a vida dela depois que o bebê nascer. Na teoria (e nas palavras dos outros), ela sabe que a vida vai mudar, mas não até que ponto, nem como vai ser. Então, prepare-se para o mês mais intenso da sua vida, amiga grávida!

Já eu fico aqui com uma grande dúvida pairando sobre minha cabeça: como será com o segundinho?

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Deixa chorar

Sim, eu sei. Não tem problema deixar o bebê chorar um pouquinho. Até ajudar a fortalecer os pulmões (será???). Minha mãe mesmo me diz isso toda a hora. Diz, inclusive, que ela me deixava chorar. Saía de casa e ia passear no jardim com a filha se esgoelando no berço. Legal, né?!

Só tem um problema, pessoal. Eu moro num quarto e sala! Ele é lindo, charmosérrimo e super disputado, espaçoso e tinindo de novo, um loft dos melhores do mercado, sem dúvida, mas não deixa de ser um quarto e sala quando se trata de ter um bebê chorando no cômodo ao lado.

Então, não, não vou deixar minha filha chorar, não só porque não acho legal para ela, mas porque é pior para mim. O choro estressa, cansa, desestabiliza. Só dá para deixar chorar se você sair de perto, parar de ouvir. Deixar chorar ouvindo o choro é coisa de maluco, juro!

Então, vou lá botar um chupetinha na boca da pequena, segurar os bracinhos dela do lado da orelha, como ela gosta, e acariciar a barriguinha para o choro passar e ela voltar a dormir como um anjo, ou só ficar observando o mundo, com seus olhões quase azuis!