sexta-feira, 28 de junho de 2013

Vergonhinha...

O sono dos bebês é um dos principais assuntos durante a gravidez e nesse início de maternidade. E realmente é um dos assuntos mais delicados e complicados. Todo mundo pergunta se o bebê já dorme a noite inteira, se acorda, se você dorme.

Agora, estou num momento tomando coragem para fazer uma mudança drástica. Assim que implementar essa mudança, conto as novidades. Enquanto isso, vou fazer um breve relato do nosso drama atual.

A "rotina" noturna é assim: Marina fica acordada e agitada até umas 20h30, brincando, andando, rindo e dando trabalho. Pura diversão e 100% de atenção para ela! Aí, depois desse horário, começa a ficar mais chatinha, choramingando, coçando os olhos, sinais evidentes do soninho que se aproxima. Aí, vamos para a cama e ficamos vendo um livrinho ou brincando com brinquedos mais tranquilos, como cubinhos plásticos, nada muito agitado. Eventualmente, ela se joga de costas e fica deitadinha, quietinha, toda fofa e delícia.

Aí, às 21h, vem a mamadeira. Eu sento na cama, cruzo as pernas e apoio ela em cima das minhas pernas. Ela mama. Normalmente, começa ainda acordada, mas, ao longo dos 210ml, começa a revirar os olhinhos. E termina quase dormindo. Aí, o leite acaba e ela continua sugando. Rapidamente, eu troco a mamadeira vazia pela chupeta. Mas ela já está acordada, aquele acordada bem tranquila, porém acordada. Deito na cama do lado dela e ficamos ali rolando até ela dormir, o que pode demorar de 5 a 20 minutos, ou mais...

Depois de dormir, passo ela para o berço. Quando faço esse movimento muito rápido, sem esperar o suficiente, ela acorda. Aí tem que começar tudo de novo... Então, beleza, ela está dormindo no berço. Eu janto com o Dani, vemos TV e vamos dormir. (Isso quando eu não acabo dormindo junto com ela, né?)

À noite, ela chora uma ou duas vezes, eu vou lá, coloco a chupeta, e ela dorme de novo. Tranquilo. Às vezes, ela até senta ou fica em pé durante essas choradas, mas volta a dormir. Outras vezes, não rola de dormir de novo, pelo menos não de primeira ou segunda. Se eu tento uma vez e mais outra e nada, pego a pequena e aconchego ela bem gostoso entre nós dois. Pergunta se ela não dorme?

Às vezes, ela dá umas acordadas até dormindo na nossa cama. Mas dorme de novo rapidinho.

E assim tem sido as nossas noites... Logo comigo, que sempre achei um absurdo esse negócio de criança dormir com os pais (seja no mesmo quarto ou, pior ainda, na mesma cama). Por isso que a maternidade é um eterno cuspir para cima. Dessa vez, levei na testa...

 

quinta-feira, 27 de junho de 2013

No teatro, no clube, no parque, na Lagoa

Como já disse e repeti aqui algumas vezes, adoro fazer passeios com a Marina, quanto mais criativos e diferentes, melhor! Então, é com algum atraso que conto para vocês alguns dos nossos últimos passeios legais.

Marina no teatro
Há um tempinho, fomos ver uma peça para bebês, "A Florestinha da Pati". Não é teatrinho de criança, é para bebê mesmo. O cenário é encantador, cheio de bichinhos, colorido, música agradável, atriz que beira o excesso (de infantil e de irritante), mas que compõe bem o ambiente (com uma boa dose de abstração materna). Adorei a experiência, é bem sensorial. E os bebês todos pareciam curtir bastante.
O teatro é em formato arena e o legal é ficar em volta do cenário. Se algum bebê mais ousado sair engatinhando pelo cenário, sem problema. Quando a peça termina, as crianças podem explorar o cenário livremente.
A duração é ótima, uns 30 ou 40 minutos. Só o preço que é um pouco salgado.

http://aflorestinhadapati.blogspot.com.br/
http://www.teatroparabebesbrasil.com.br/teatro-para-bebes-o-que-e


Marina no clube
Tem quem ame, tem quem odeie. Eu sou da turma a favor dos clubes. Acho que clube é um espaço super bacana para crianças, com várias opções de lazer e diversão. Tem piscina, tem piscina de bolas, tem sala de brinquedos, tem restaurante com cadeirão igual ao de casa, tem parquinho com balanço, tem espaço ao ar livre, e tem até cineminha. Um verdadeiro poutpourri de opções!



Marina no parque
Adoro parques e parquinhos, seja o parque Lage, Jardim Botânico ou qualquer outro. Outro dia, fomos a um encontro na Praça Pio X, com um grupo de música e várias crianças. Foi muito divertido e a Marina curtiu bastante. Tirou foto com a mamãe, comeu biscoito Globo, bateu palminha e engatinhou na areia (ai...).


Marina na Lagoa
A Lagoa é um tipo de parque. Só criei outra categoria porque a Lagoa oferece um cenário a parte, que eu amo. Sempre vamos dar um passeio de carrinho, e a Marina dorme. Quando ela acorda, é bem a hora em que chegamos no baixo bebê. Esticamos o tapete, espalhamos os brinquedos e temos uma boa diversão ao ar livre.





Para me inspirar e escolher outros programas, assino várias newsletter diferentes:
- Roteirinho carioca
- 1001 roteirinhos
- Jardim Botânico
- Instituto Moreira Salles

Se alguém conhecer alguma outra, me fala. Adoro essas novidades!

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Desenvolvimento motor

Uma coisa muito legal de ter um bebê é ver como a evolução é rápida. De um mês para o outro, muda muita coisa. O bebê cresce, evolui e avança numa velocidade muito acelerada. Nos primeiros doze meses, o peso do nascimento triplica ou quadruplica, a altura aumenta em 50%, o bebê antes inerte já segura o pescoço, vira, senta, come, mastiga, engatinha e até anda!

Vi várias ideias bacanas de fotos para tirar todos os meses, medindo esse crescimento, usando o mesmo body todos os meses, ou usando bodys com o número do mês, ou do lado de um bonecão para avaliar o crescimento. No início, fiz fotinhos mensais da Marina, e a dinda prepara a arte linda. Mas aí, um dia, parei... Pena...

Acho importante acompanhar essa evolução, avaliando se o bebê está crescendo no ritmo adequado, sem surtar, claro, com possíveis discrepâncias. Marina não engatinhou, por exemplo, e eu nunca pirei por causa disso. No início, tentei incentivar. Quando me dei conta que não era a praia dela, partimos para o incentivo do andar, esse sim um sucesso aqui em casa! Ela demorou a rolar, acho que por não ter sido muito incentivada a ficar de bruços quando era minúscula.

Mês 1
O bebê já acompanha objetos com os olhos.

Mês 2
O bebê começa a sustentar a cabeça quando colocado de bruços e dá os primeiros sorrisos.

Mês 3
O bebê já sustenta a cabeça e tenta alcançar objetos a sua frente.

Mês 4
O bebê já consegue segurar objetos e começa a colocar tudo na boc.

Mês 5
O bebê já rola e fica sentado quando apoiado numa almofada.

Mês 6
O bebê já estabelece "eye contact", senta sozinho e descobre os próprios pés.

Mês 7
O bebê começa a emitir sons e já reconhece o tom de reprovação. Já vira e se sustenta nos cotovelos.

Mês 8
O bebê já vai atrás de objetos que despertem sua atenção, segura-os, bate-os, sacode-os e remexe o corpinho, dançando.

Mês 9
A essa altura, muitos bebês já têm dentes.

Mês 10
O bebê já começa a querer ficar de pé e bater palminha.

Mês 11
Início da fase do balbucio, o treinamento para as primeiras palavras.

Mês 12
O bebê já pode dar os primeiros passinhos sem apoio.

Fonte: http://bebe.abril.com.br/materia/o-desenvolvimento-do-bebe-mes-a-mes

segunda-feira, 24 de junho de 2013

1 ano de muito movimento

Caminante, son tus huellas
el camino y nada más;
Caminante, no hay camino,
se hace camino al andar.
Al andar se hace el camino,
y al volver la vista atrás
se ve la senda que nunca
se ha de volver a pisar.
Caminante no hay camino
sino estelas en la mar.

Antonio Machado

Agora, entramos na fase dos posts de 1 ano, embora ainda tenha muita coisa atrasada na fila... (Não vou esquecer os assuntos passados, afinal minha mega listinha não me deixa. Não sei como não nasci virginiana... Ainda bem!)

Mas a questão é que, de repente, não mais que de repente, o bebê cresceu. Marina nunca foi um bebê agitado, daqueles que viram, reviram, mexem, remexem, querem sair do lugar e tal. Ela demorou a virar e a engatinhar. Aí, um dia, começou a se arrastar de bundinha. Era uma graça, igual um sirizinho. Aí, logo depois, começou a querer andar. Se agarrava na mesa, no sofá, no dedo (um só!), na parede, no tivesse por perto e saía passeando, pé ante pé. Outra graça! Aí, quase no dia seguinte, deu dois passinhos na minha direção antes de se jogar nos meus braços, ou melhor, antes de despencar de cara no chão e ser resgatada pelas mãos da mamãe. Aí, veio escrito na agenda que ela deu dois passinhos. (Ainda bem que já tinha acontecido comigo antes!) Aí, ela se soltou. Já vai do sofá para a mesa, da mesa para as cadeiras, da cama para o puff, tudo sozinha. Quanta graça! E agora, depois de estar quase andando sozinha, não é que a gatinha resolveu começar a engatinhar, de joelho no chão e tudo? Mas a arrastação de bundinha também continua. E ela está crescendo e amanhã já vai rodar a casa toda sem precisar se segurar em nada.


Aproveita que passa rápido!

Tem algumas frases clichê de mãe que a gente ouve por aí que me dão arrepios, vivo verdadeiros momentos de terror e pânico quando escuto os batidos "que saudade de ter um bebê em casa", ou "essa é a melhor fase (independente da fase em que a Marina esteja, já ouvi muito essa daí) ou "aproveita que passa rápido demais". Odeio todas essas frases, por vários motivos. Porque não necessariamente é verdade; porque ter um bebê é ótimo, mas ter uma criança também deve ser; porque temos que saber aproveitar todas as fases; porque temos que curtir cada momento, sempre, e não só porque passa rápido.

Agora, tenho que confessar que, sim passa rápido! Hoje, por volta desse horário (são umas 10h da manhã), há um ano atrás, eu estava chegando em casa com o meu maior presente. Não lembro com que roupa ela saiu da maternidade, mas lembro que fui descer umas escadas com ela no colo e a enfermeira que me acompanhava ficou horrorizada e me mandou descer pela rampa. Mal sabia ela que eu estava prestes a enfrentar quatro andares de escada com o bebê nos braços.

Lembro que não colocamos ela no bebê conforto. Ela enfrentou os 500m até em casa no meu colo. Lembro que os dois carros estavam cheios (o nosso e o da minha mãe) de malas, flores, tralha. 

Não lembro quem entrou com ela em casa, mas lembro que ela dormia. E foi direto para o bercinho. Ficamos ali um tempinho e o Dani saiu para comprar um almoço para nós. Ficamos em casa só eu, minha mãe e minha filha. E eu chorei. Lembro bem de sentar na cama, sozinha, enquanto minha mãe arrumava a mesa, e ficar olhando o bebê no berço, e chorar. Minha mãe veio, sentou do meu lado e eu ainda chorava.

O Dani chegou e almoçamos. Não lembro se conseguimos comer tudo, mas acho que não. Acho que paramos para dar atenção a alguns chorinhos. E minha mãe foi embora e a nossa vida começou. Ela nasceu há 1 ano e dois dias, mas faz um ano que a nossa vida começou!

E, sim, parece que foi ontem. Mas, ao mesmo tempo, parece que faz muito tempo. E ter filho é isso, é viver intensamente, é parecer que ela nasceu ontem, mas também é parecer que ela já faz parte das nossas vidas há muito mais de um ano, é querer que o tempo passe rápido para ver ela crescer logo, e é querer que o tempo não passe, para ela não crescer nunca. É querer fazer tudo com ela e não querer mais nada sem ela, é querer umas férias de vez em quando para descansar da função de ser mãe, é acordar todas as noites e se conformar com isso, até não se conformar mais e resolver tomar uma atitude, é chegar num lugar e ver todos os olhos se voltarem para o bebê, e é amar tudo isso, todos os minutos!

Amo muito e não sei mais viver sem!