Parece que isso aconteceu há
anos, mas não faz nem dois meses...
Bem, a história começou assim: eu
queria porque queria deixar a Marina em casa com babá depois de voltar a
trabalhar. Ela teria menos de cinco meses e eu achava que seria ainda muito
pequena para ficar na creche. Então, saímos à cata de uma babá. Contratada a
primeira, passei um mês inteiro com ela aqui em casa. As coisas estavam indo,
nem bem, nem mal, nem maravilhoso, nem horrível, apenas indo. Aí, comecei a implicar
com a babá, como faço com tantas e tantas coisas na vida. Mas, dessa vez, era o
bem estar da minha filha que estava em jogo.
Primeiro, achei que o problema
pudesse estar na babá. Tentei outra. Fracasso pior ainda. Então, fui visitar
várias creches (cinco, para ser mais exata), tudo com a Marina a tiracolo.
Afinal, eu não tinha mais babá. E foi assim, depois de ter vivido a experiência
da babá, que virei defensora de creche. Não acho errado, nem ruim, nem pior, o
bebê ficar em casa com a babá, desde que você tenha encontrado a babá.
Como isso não aconteceu comigo, resolvi colocar na creche.
Dizem que a creche vai deixar o
bebê deitado o tempo todo (e era essa a imagem que eu tinha). Mas não vai não.
Ele vai ficar no bebê conforto, no colo, no tapetinho de atividades, sentado no
chão apoiado na berçarista. Já a babá, ela também, pode deixar o bebê deitado o
tempo todo. Afinal, ela quer que ele durma para poder assistir ao programa da
Márcia Schmidt.
Seja na creche, seja com a babá,
é essencial confiar! Se você tem uma babá, confia nela e sabe que ela vai fazer
as coisas do seu jeito (em vez de dar água para o seu filho sem você saber), vá
em frente. Na creche a mesma coisa, também é importante confiar na equipe.
Aliás, na creche, você tem toda
uma equipe por trás daquelas quatro pessoas que cuidam do berçário, gente que
supervisiona, que pensa e cuida da alimentação, que cria um planejamento
pedagógico para incentivar o desenvolvimento da criança. As decisões sobre o
que será feito com o seu filho não ficam restritas a uma única pessoa, que, às
vezes, pode discordar de você, se achar mais experiente e resolver fazer do seu
próprio jeito. Com a minha filha, eu quero que seja do meu jeito. Então,
na creche, deixei bem claro que quero que ela tire as sonecas no berço (a
Marina é a única criança que dorme no berço), que não quero que ela tome água
ainda, que não devem dar nenhum remédio sem falar comigo antes. E nada disso
fica a cargo de uma única pessoa. Além das berçaristas, tem a supervisora, a
coordenadora, a nutricionista, a pediatra.
Estou muito satisfeita com a
decisão que eu tomei, só quero deixar bem claro que essa é a minha opinião,
baseada na minha experiência. Vai sempre chover gente achando que você está
fazendo a escolha errada. Se você deixar em casa com a babá, vão dizer: “Mas
você não acha perigoso? Sabe-se lá o que a babá vai fazer com a criança!”. E se
for para a creche, vão dizer: “Mas já, tão cedo, tão pequena? Vai pegar tanta
doença. Ou senão vai ficar largada num canto enquanto cuidam das crianças
maiores.”
Pois é, tudo isso. Ainda bem que
a filha é minha, né?!
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