quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Visitando bebê

Enquanto eu não volto para matar as saudades da minha família, e a curiosidade de saber se a minha filha vai correr para os meus braços ou se vai virar a cara para mim e me rejeitar, vamos enrolar um pouco aqui.

Ontem, teve festa de aniversário surpresa para o sócio do Dani aqui em São Paulo e eu, que já ia jantar com eles de qualquer forma, para conhecer o pequeno JP, de um mês, estava lá. JP dormiu a noite toda (pelo menos até a hora de eu ir embora), super tranquilo, no berço, com os braços abertos jogados por cima da cabeça, todo coberto e gostoso. Fiquei uns instantes olhando para ele, admirando, lembrando. Eu fico realmente impressionada com o poder do corpo humano, de gerar de uma vida e crescer, não só aumentando de tamanho, mas se desenvolvendo, se descobrindo. Acho essa capacidade biológica admirável e meio mágica!

Mas chega de divagações (culpa do JP). Comecei a escrever o post pensando em visitas a bebês e recém-nascidos, justamente por termos marcado um jantar com o pretexto de eu ir lá comhecê-lo. Todo mundo reclama muito de visitas, diz que só depois do primeiro mês, tem mil regrinhas que rolam por aí e tal, mas a verdade é que, no primeiro mês, aquele em que teoricamente não pode (ou não deve) haver visitas, a mãe se sente muito sozinha. 

Sim, estou falando de mim. Morando num quarto andar, sem elevador, sem ter onde deixar o carrinho da Marina, sem ter como descer com carrinho e bebê, e inclusive sem poder sair muito (porque no primeiro mês o bebê não pode ficar saracoteando por aí mesmo), eu me senti muito sozinha. A combinação bebê recém-nascido + 4º andar sem elevador + mais hormônios enlouquecidos foi quase uma bomba. 

Por sorte, recebi bastante visitas e curti muito. Em alguns momentos, eu até achava um pouco demais (era todo dia!), mas quando ficava dois dias sem receber ninguém já sentia a maior falta, já ficava na maior carência e solidão. 

Claro que cada um vai ter o esquema que lhe parecer melhor. O meu foi ótimo para mim. Eu passava as manhãs com a Marina (sem sair muito, infelizmente) e, depois de almoçar, começavam a chegar as visitas. Alguém sempre passava a tarde comigo. E era o horário que eu mais curtia, depois do meu momento só com ela e antes do Dani chegar. 

Aí, as visitas iam embora e já era praticamente de noite, hora de começar os "procedures" noturnos. Reparem então que não estamos falando de visitinhas de meia hora. Eram visitas de tarde inteira. Talvez, em vez de visita, seja melhor chamar de companhia. Eram minhas companhias vespertinas! E eu adorava!!!

Alguns tinham dias marcados, como minha mãe, minha sogra e meu pai. Fora isso, tinha minha avó, meu irmão, prima, amigas, etc. Fora que ver gente se importando com a sua filha é uma maneira de demonstrar carinho por você mesma. 

Então, minhas cinco regras para visitar um recém-nascido em casa são as seguintes:

1) Sirva-se. Não precisa lavar louça, varrer chão, nem ajudar em nada. Ajuda para o lar pode ser providenciada, não é para isso que a visita está lá. Mas não espera que a mãe se levante, te sirva uma fatia de bolo, um copo de água e ainda prepare um cafézinho. Aí você se vira. 

2) Leve uma lembrança para o bebê. Quer levar presente para o bebê? Ótimo! Isso é quase default. Evite roupinhas até 3 meses. Por mais necessárias que sejam, a mãe não sai muito de casa e, se já tiver muito e quiser trocar, vai acabar perdendo o prazo. Leve itens de higiene (adoro), como lenços umedecidos, hipoglós, sabonete. Para ficar com mais cara de presente, minha dica é comprar da Granado. 

3) Leve uma lembrança para a mãe. Agora que tal levar alguma coisa para a mãe? Um creme pós-parto, um bolo, um pão especial, um biscoito diferente, castanhas. Só fuja dos chocolates!!! Não é toda mãe que come chocolate enquanto amamenta. Se evitar isso, não corre o risco de decepcionar. Isso vai surpreender!

4) Demore o tempo que julgar adequado. Algumas mães podem querer descansar, dormir ou simplesmente ficar sozinha. Claro que podem ser educadas e não deixar você perceber que está na hora de ir, mas aí, convenhamos, não tem como descobrir. Mas uma regra é fundamental: o bebê está irritadiço, prepare-se para partir. 

5) Varie os assuntos. Claro que todo mundo quer saber do bebê, mas tente conversar sobre outras coisas também. A mãe só fala do bebê, o tempo todo, sem parar. Introduza novos assuntos, novos interesses. 

E obrigada pela visita!

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