sexta-feira, 31 de outubro de 2014

O desfralde - Parte 3

Dois meses depois do início do nosso processo de desfralde, finalmente posso chegar a uma conclusão, sem medo de acabar sofrendo uma reviravolta. Desde o início, tudo foi incrivelmente fácil e simples. Nunca imaginei que poderia ter assim. Já tinha lido vários blogs de mães desesperadas, que passaram dias correndo atrás de criança com pano de chão, secando xixi e catando cocô. Estava preparada para o pior, mas eu só limpei um xixi!

Estou totalmente ciente de que tive sorte, de que a minha filha estava super pronta, de que ela aprendeu muito rápido e de que eu também já estava mental e psicologicamente preparada para enfrentar essa nova fase. Foi uma conjunção de fatores que levou ao nosso sucesso! Já tínhamos o penico e o adaptador há bastante tempo, a Marina já tinha usado algumas vezes, às vezes ela me acompanhava ao banheiro, o que também ajudou a familiarizá-la com o processo. Ela nunca mostrou aversão ao vaso, nem ao cocô, como acontece com algumas crianças. Nunca viu o penico como um brinquedo, nem nunca foi apresentada a ele assim. Lemos livrinhos sobre o desfralde (Hora do Penico para meninas e O xixi da Lulu). Comprar as calcinhas foi a maior alegria, e fomos várias vezes. Cada vez comprávamos um pouco. Então, levou uns 15 dias só para comprar calcinha. E no meio de tudo isso, a hora chegou com calma e sem afobamento!

Na creche, desde o primeiro dia, o cochilo já foi sem fralda. Tudo bem que foi esquecimento meu, mas não colocaram... Aí, perguntei se precisava mandar e disseram que não. E ela só fez xixi dormindo uma vez! E na calcinha também foram bem poucas, dá para contar nos dedos. Já aprendeu a controlar totalmente o xixi. Consegue segurar numa boa. Quando ela pede para fazer xixi, a minha tendência é correr para o banheiro. Mas ela ainda para no meio do caminho, pega o brinquedo, acende a luz, tira o sapato. Eu ficava meio nervosa, tentando apressá-la, mas já percebi que ela consegue se segurar.

De manhã, eu acordo e corro para o banheiro. Ela não. Brinca, enrola, toma café, tudo isso sem tirar a fralda (que acorda sequinha!!!). Da mesma forma que não quer tirar o pijama, resiste um pouco a tirar a fralda, mas eu sempre insisto, explicando a importância de fazer xixi assim que acordamos.

O cocô é o calcanhar de aquiles. A Marina ainda não sente a vontade vindo, só quando ela já chegou. Então, quando ela diz que quer fazer cocô, tem que correr para o banheiro. Várias vezes, suja um pouco a calcinha. Mas a gente troca e segue em frente. Eu explico que é importante ela sentir quando a vontade está vindo e avisar, mas cada coisa ao seu tempo. Estava com medo de como seria isso na África...

Por fim, chegamos ao desfralde noturno. Meu pediatra disse que, após o desfralde diurno, é legal esperar uns três meses, mesmo com a fralda acordando seca às vezes, para a criança se sentir bem segura. Só que lá em casa a fralda acorda seca todo dia! Então, resolvi que, após voltar da África, faríamos o desfralde noturno. Portanto, é hora de começar a nos preparar para esse momento!

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