Na hora de trocar a fralda, eu tinha medo de deixar muito apertada. Agora já sei qual é a medida certa para não comprimir a barriguinha dela. Tinha medo de cortas as unhas. Na verdade, morria de medo! Morria tanto que, na primeira vez, pedi para uma enfermeira que veio aqui em casa cortar para mim. E quando ela tirou um bifinho da segunda unha? Como ela veio de favor, fiquei com vergonha de dar esporro, mas morri de dó da filhota. Depois do primeiro bifinho, vi que o pior que podia acontecer era uma choradinha. Resultado: perdi o medo! Vou virar manicure pueril profissional! Também perdi o medo de ficar sozinha com ela. E de ouvir ela chorar. E de segurar de mil maneiras diferentes.
Pois foi-se o medo e veio o amor!
Confesso que acho uma besteira esse negócio de "Te amei desde que soube que te carregava no ventre". Nada disso... A gravidez é um momento repleto de puro romantismo. É tudo lindo e você não tem a menor ideia do que te espera. Pelo menos, eu não tinha. Aí, o bebê nasce e tudo vira de pernas para o ar! Literalmente!

Ok, na verdade, as lágrimas ainda não se foram por completo, estão até começando a brotar um pouquinho agora... Mas são lágrimas de felicidade, da emoção mais pura, de saber que a Marina é minha para sempre, de sonhar com ela daqui a um, cinco, dez, vinte, trinta anos. São lágrimas de amor, de um amor que cresce a cada dia, que fica cada vez mais forte e que, agora, mesmo que não seja 100% verdade, me faz capaz de dizer "te amei desde que soube que te carregava no ventre".
É um amor dividido, que não é só meu. É do Dani também. E, quando vejo o amor dele, o meu cresce mais ainda! É um amor que traz preocupação, alegria, felicidade, desespero, mais alegria. Mas, o mais importante de tudo, é um amor que não nasce pronto, que brota de repente e cresce aos poucos, junto com ela, junto com a gente.
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