domingo, 26 de agosto de 2012

Meus dias de glória

É chegada a hora de contar a história dos dias de glória da amamentação, afinal não quero que fique parecendo que eu só faço reclamar. Porque isso bem não é verdade.

Tudo começou ainda na maternidade, quando não sabíamos o que fazer, nem muito menos como fazer. Aí, uma enfermeira simpática nos ajudou, ensinou as técnicas. Aí, veio outra enfermeira não tão simpática, que levou um esporro do Dani e voltou com o rabinho entre as pernas, também disposta a ajudar. Já em casa, tivemos nossos primeiros dias de dificuldade, logo superados com a ajuda fundamental da Stephanie.

Amamentar pode parecer a coisa mais simples e natural do mundo, mas não é. É difícil e requer prática. Pior do que andar de bicicleta. Depois que você aprende, aí sim vira moleza. Mas, até lá, a gente pena, mãe e filha juntas! Por isso, nesse primeiro momento, toda ajuda é bem-vinda. E quanto mais rápido você agir e procurar ajuda, melhor será! A gente foi na Stephanie e ela ajudou muito. O mais importante foi dar confiança e a certeza de que é assim mesmo, com dias mais fáceis e outros mais difíceis.

Depois disso, a amamentação deslanchou. Foi ótimo. Ela mamava e eu estava tranquila. Via TV, mexia no celular, falava no telefone. (Porque esse negócio de curtir a amamentação, amamentar num lugar calmo para se conectar com o seu filho é muito romântico, mas só funcionaria se você amamentasse uma vez por dia. Lembre-se que você amamenta oito vezes por dia, com uma duração de, em média, 20 minutos, o que representa quase três horas do seu dia! Sério, não dá para chorar e escrever poesia todas as vezes!)

Era uma praticidade sem tamanho. Tá com fome? Levanta a blusa, solta o sutiã, tira a concha e mete o bocão! Além disso, ainda tem o lado emocional, de saber que você está alimentando seu filho, provendo tudo que ele precisa para sobreviver. Isso é muito legal. E o vínculo que se estabelece durante a amamentação também é muito forte. (Pode ter momentos de estresse, claro, mas cabe a mãe e filho superarem isso juntos, mais um motivo para fortalecer ainda mais o vínculo.)

Percebo tudo isso agora que a amamentação deixou de ser integralmente no peito. Agora, quando a Marina fica presinha no peito, sem a sonda do mamatutti, acho tão gostoso e curto tanto que continuo firme e forte tentando recuperar meu leite! E dá-lhe canjica, chás, homeopatia e até plasil!!!

Fora que a fórmula é caríssima, desregula o intestino e não tem os meus anticorpos. Eu tinha me dado 15 dias antes de desistir, mas mudei de ideia. Vamos até o fim de setembro com o esquema peito + fórmula, para que a gente continue pertinho uma da outra e para que ela absorva todos os meus anticorpos. E até lá, quem sabe, meu leite não volta? Torçam!

O ser humano é engraçado, né? Nunca está satisfeito. Quando amamentava, tinha momentos em que eu achava aquilo uma chateação. Agora, tudo que eu quero é voltar a amamentar. E já acho até que era super prazeroso. É preciso aprender a curtir o que temos, sem olhar para a grama verde do vizinho. Afinal, o nosso jardim é sempre mais florido!

Um comentário:

  1. Oi, Lu! Vim aqui hoje acompanhar sua história com a Marina. Como ela está linda!
    Me deu vontade de comentar nesse seu post sobre amamentação pra te incentivar a continuar tentando, por mais que surjam obstáculos. Era tudo que eu queria fazer, mas depois do parto do Diego tive trombose nas 2 pernas, passei o maior susto, fiquei internada e longe dele aos 9 dias de vida. Como resultado, fui obrigada a parar de amamentar porque tenho que tomar anticoagulantes, que não podem passar pra ele através do leite. A frustração e sensação de impotência são enormes, mas, pelo bem dele, não tive escolha.
    Nos 9 dias em que pude amamentá-lo, era uma delícia, mas tb tinha esse lado de achar uma chateação e pensar como seria passar no mínimo 6 meses assim. Já hoje em dia eu daria tudo pra ter essa chateação de volta na minha vida!
    Então, força na peruca! Que seu leite volte e fico na torcida pra vcs superarem juntas essa fase =)

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