quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Melhor e mais difícil

Outro dia, vi um vídeo lindo. (Acabei de procurar a beça para colocar aqui, mas não lembro onde eu vi. Se ainda achar, eu posto.) Enfim, o tema era o que você, mãe, diria a você mesma se pudesse voltar no tempo, para antes de ter filho. O vídeo tem várias coisas lindas que as mães diriam para si mesmas e teve uma que eu achei muito legal, que era "Conheça outras mães". Mas isso é assunto para outro post.

Hoje, quero dizer que o eu diria para mim mesma.

"É melhor e mais difícil do que você imagina."

Quando ouvimos por aí que ter filho é a melhor coisa do mundo, sempre achei que parece meio vazio, meio frase feita, meio clichê. Não sei se é a maneira de falar ou se o simples fato de dizer isso já caiu na banalidade. A verdade é que isso entra por um ouvido e sai pelo outro, não causa impacto, afinal é o que todo mundo diz.

Mas a verdade é que todo mundo tem razão. Ter filho é muito melhor do que eu imaginava. É muito mais mágico, muito mais intenso, muito mais forte do que eu imaginava. Antes de ter filho, eu não sabia que a minha mãe me amava tanto. (Na verdade, eu sabia que ela me amava tanto, mas não sabia que esse tanto era tanto assim!) Só depois de ter filho, a gente consegue entender os nossos pais (outro clichê cheio de verdade), consegue entender todos os esforços e sacrifícios que eles fizeram por nós. Ser mãe me aproximou muito mais da minha mãe, me mostrou como a vida dela mudou depois que eu cheguei, como tudo virou de pernas para o ar, mas como tudo ficou melhor.

O sentimento que o filho desperta é algo realmente novo, inédito, inimaginável. Nunca achei que fosse ser tão bom abraçá-la, brincar com ela, vê-la rir, vê-la olhar para mim cheia de amor e poder devolver tudo isso, o abraço, a brincadeira, a risada, o olhar amoroso. A relação que estou criando e estabelecendo com a minha filha é melhor, muito melhor, do que eu jamais poderia ter imaginado. Tudo isso pode parecer brega e piegas (e parece mesmo), mas é a mais pura verdade. Ainda hoje ela me emociona. E choro de alegria abraçada a ela! (Não é mais aquele choro cheio de dúvidas do início, meio assustado, meio apreensivo. É um choro cheio de certeza, totalmente apaixonado, totalmente entregue.)

(Então, mãe, desculpa pelas vezes em que te censurei por ter se emocionado com a Marina no colo. Talvez eu tenha demorado um pouco para amá-la tanto e tanto, para entender como ela é importante para mim, para ter deixado ela entrar em mim, mas hoje eu entendo. E entendo um pouco melhor o seu amor por mim também. Obrigada!)

Mas ter filho não só é muito melhor do que eu imaginava, como também é muito mais difícil. A entrega, a dedicação, as mudanças, é tudo muito mais intenso do que eu imaginava. Outro dia, ouvi uma frase que adorei: a mãe tá sempre pensando 3 horas a frente. E é isso aí. Você deixou de ser a prioridade. Vai se cuidar? Vai, mas quando o bebê dormir. Vai cuidar do marido? Vai, mas quando o bebê dormir. (Ops, esse não era o seu momento? Pois é, vai ter que se desdobrar, e vai conseguir.) E a alegria que o filho traz fortalece e ajuda a enfrentar esses momentos difíceis, que certamente virão.

Mas a dificuldade passa. É só o bebê dormir, cheio de paz, que a dificuldade vai embora e você não quer nunca mais sair do lado dele!


Um comentário:

  1. Oi, Lulu!!! Há tempos estava atrás de um blog de mãe fresquinha como eu e finalmente encontrei o seu! É bom demais ler sobre assuntos que estou passando no momento! Amei este seu post e com sua permissão linkei ele em meu blog (http://pridosim.blogspot.com.br/). Estarei sempre por aqui...Bjão

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