Antes de sequer pensar em colocar
a Marina na creche, tive uma conversa com uma amiga. Foi um papo ótimo, que me
abriu os olhos e a cabeça. Ela estava me contando sobre a adaptação do seu
filho à creche. Disse que ele só chorava, chorava, chorava. Que não ficava numa
boa de jeito nenhum. E ela continuou tentando, insistindo. Segundo ela,
insistiu por tempo demais.
Quando me disse isso, fiquei
pensando quanto tempo seria tempo demais. E resolvi perguntar. Quinze dias! Na
hora, achei pouco. Como ela poderia saber, em apenas quinze dias, que não ia
dar certo? Mas é aí que entra o xis da questão.
É o mesmo que acontece quando
entramos para uma faculdade. Ainda existe o preconceito “senso comum” de
que é um absurdo mudar de faculdade, por mais que você não esteja gostando. Tem
que ir até o fim! E a gente pensa assim mesmo, embora ninguém queira admitir.
“Poxa, escolhi a melhor creche para o meu filho e ele só chora!” O problema não
é da creche, é da criança. Certo? Errado! O mais importante é ouvir aquela
criança que ainda não sabe falar e respeitar a opinião dela. Se ela não gostou,
não tem jeito, é melhor escolher outra.
Você sempre sonhou que seu filho
estudasse naquela creche, até fez a matrícula quando ainda estava grávida. Só
que ele não gostou. Paciência, troca! A escolha da creche tem que ser feita por
toda a família, pais e filhos. Não é só porque você amou aquele lugar que seu
filho também tem que gostar. Não é só porque seu outro filho gosta de lá que o
segundo também tem que gostar.
E que bom que eu tive essa
conversa antes de começar meu processo de adaptação na creche. Assim, já estava
pronta para mudar a minha escolha, caso a primeira opção não desse certo.
Gracias, Carol!
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