quarta-feira, 7 de maio de 2014

A maternidade e o inesperado

A maternidade está cheia de surpresas, daquelas que te pegam totalmente desprevenida. Depois de quase dos anos de prática, eu me considero bastante experiente no assunto, mas vira e mexe sou pega de calça
baixa.


No feriado de Páscoa, nós viajamos. Fomos para Búzios. Foi ótimo. Curtimos e aproveitamos muitíssimo. Logo que voltamos, ficamos um dia e meio no Rio e partimos de novo, dessa vez para Buenos Aires. Durante viagem, não tem como se preocupar com rotina. Marina comeu muita fritura (e dá-lhe lula à dorê), muito doce (doce de leite, sorvete Freddo e Persicco, tudo do bom e do melhor). Na hora de dormir (que hora, hein? qualquer hora!), ela ia dormir com a gente. Quer dizer, às 22h ou 23h, ou à hora que fosse, quando íamos dormir, a Marina ia junto. E dormia no mesmo quarto. E teve dia que dormiu até na mesma cama.

Aí, voltamos para casa, e logo em seguida teve outro feriado, curtinho, mas seguido pelo fim de semana. E nada de a pequena querer dormir cedo, nem sozinha no quarto dela. Consequência: dor nas costas, cansaço e várias noites mal dormidas compartilhando a cama. (Realmente não entendo como tem gente que gosta.) Enfim, eu sabia que, em algum momento, seria preciso retomar o tão bem sucedido nana, nenê com força total.

A Marina já não dorme mais no berço (em breve contarei detalhes sobre o processo). Então, na cama, já é mais difícil mantê-la dentro do quarto, caso ela não queira. Reli o livro para ver se ele dizia algo sobre o assunto e eis que estava lá: era necessário colocar um portãozinho na porta do quarto da criança, para impedi-la de sair. Muita gente pode achar absurdo. Confesso que até eu torci o nariz à princípio. Mas depois dei o braço a torcer e resolvi comprar o portãozinho.

Comprado e instalado o portão, era hora de acertar a hora de acordar. Sim, porque de nada adianta colocar a criança para dormir às 20h30 se ela não tem sono, porque acordou às 8h30 da manhã. Aos poucos, começamos a adiantar o despertar. Ainda não conseguimos voltar ao horário de antes (6h30), mas continuaremos tentando. Então, a hora de dormir também sofreu um atraso, e tem sido entre 21h e 22h30 (muito mais tarde do que eu quero).

Até que, segunda-feira, eu me sentia calma, tranquila, relaxada, e sentia que a Marina estava na mesma vibe. Então, resolvi que aquele seria o dia da retomada, embora eu tivesse me programado para fazer isso um pouco mais para a frente. Fiz e foi lindo! Uma choradinha só, logo sanada! E a pequena só acordou no dia seguinte, às 6h30! De noite, fiquei tensa. De manhã, me senti vitoriosa, realizada! Achei que seria bem mais difícil, mas não foi.

Aí, eis que vem o inesperado. Ontem, saímos com a minha avó no fim da tarde. Cheguei em casa às 21h, com a Marina dormindo na cadeirinha, já de fralda trocada e de pijama. Foi direto para a cama. Lindo! E eu, toda feliz! Minha alegria não durou nem 10 minutos... Ela chorou, eu esperei, entrei no quarto, segurei a mão, dei beijinho, fiquei um pouco e saí. E ela chorou, e eu entrei, e ela chorou, e eu entrei. E assim se passaram quase 45 minutos. Até que ela não chorou. E eu dormi tensa. E acordei às 5h com ela chorando. E 5h não é mais hora de nana, nenê. É hora de cama da mamãe. E assim vamos indo, consertando o que as férias estragaram. E torcendo por mais férias!

Nenhum comentário:

Postar um comentário